terça-feira, 21 de novembro de 2017

A ASSOCIAÇÃO SÉNIOR DE ODIVELAS VISITOU O AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES

No âmbito do plano de atividades do ano letivo 2017/2018 da "ASO"/"USO" realizou-se, no dia 27 de outubro de 2017, uma visita guiada ao Aqueduto das Águas Livres.
O Aqueduto das Águas Livres é um dos monumentos mais icónicos da cidade de Lisboa.

Com uma extensão geográfica notável, esta obra grandiosa, construída para o povo e por ele financiada, envolveu a arte e o engenho de grandes nomes da história, e superou as maiores construções do seu tempo. Com uma história que se estendeu para além dos limites temporais da sua construção, o Aqueduto mantém a representação da cultura da sua região.

O Aqueduto funcionou plenamente durante cerca de cento e cinquenta anos, no entanto o rápido crescimento do final do século XIX acabou por sentenciá-lo sendo, por isso, necessário construir um novo sistema de abastecimento à cidade. Assim, no ano de 1880 as águas do Alviela acabariam por se juntar às das Águas Livres. Desde essa altura continuaram a ser efetuadas medições que levaram a concluir-se que a quantidade de água trazida pelo Aqueduto seria cada vez mais reduzida, acabando este por ser praticamente desativado em meados do século XX.

O Aqueduto das Águas Livres é atualmente propriedade da EPAL (Empresa Portuguesa das Águas Livres), que é responsável pela sua manutenção, e o Museu da Água detém a responsabilidade principal de cuidar do seu valor patrimonial, e contribuir para a divulgação da sua memória.

O Aqueduto das Águas Livres marcou o crescimento cosmopolita de Lisboa e é também o retrato de uma cultura tradicional portuguesa, sendo, também por esse facto, uma peça fundamental da história da arquitetura em Portugal. É um património de relevantíssimo reconhecimento, pelo que amplamente deve ser merecedor dum consistente esquema de salvaguarda, em todo o seu percurso.  

Note-se ainda que o Aqueduto das Águas Livres foi uma das obras mais ansiadas pela população lisboeta, em função das enormes carências que a cidade manifestava nos inícios do século XVIII.

Embora completo o trajeto entre as nascentes e os chafarizes na cidade, a construção da obra, com o traçado que se conhece hoje, prolongou-se ainda pelo século XIX. O traçado principal tem um total de catorze quilómetros compreendidos entre as nascentes em Belas e as Amoreiras, enquanto o Aqueduto, no total — somando os aquedutos subsidiários e emissários — se estende ao longo de cerca de cinquenta e oito quilómetros.

O Aqueduto das Águas Livres está presentemente, classificado como Património Nacional. Desde a sua conclusão, e em especial no século XIX, várias pinturas de famosos artistas, sobretudo de outros países da Europa, retrataram uma paisagem da cidade de Lisboa, e raramente nelas era esquecida aquela obra dos Grandes Arcos.

Oficialmente foi desativado nos anos sessenta do século XX, já sob tutela da EPAL. O Aqueduto das Águas Livres mantém-se como um monumento histórico, recheado de memórias e muitas outras estórias para contar. Resta-nos um marco sobretudo, no desenvolvimento ocidental da cidade, na contribuição para o desenho da cidade barroca, com as mães de água, os seus arcos e as suas praças e chafarizes.

Apesar dos trabalhos que exigem a divulgação do Aqueduto como património, e da luta pela dignificação do seu valor, é necessário que todos nós, e sobretudo a população da cidade de Lisboa o conheça e que conheça a importância da sua construção.

O Aqueduto das Águas Livres foi um marco no crescimento da cidade de Lisboa, e contribuiu para a construção da sua imagem e identidade. O Aqueduto tem um carácter monumental, e é das poucas obras que mais caracterizou o poder e a vontade de um povo.

Transversal a todas as sociedades e hierarquias, nele permanece a representação da corte e da classe mais baixa, da economia e da religião, da memória dos mais prestigiados artistas e sobretudo da necessidade de uma população.

Ao terminarmos este apontamento de reportagem, não poderíamos deixar de referir que esta visita guiada foi muito elucidativa, para além de nos ter sido retratada uma parte da evolução histórica da cidade de Lisboa.

Uma última palavra é de agradecimento e dirigida à Direção do "ASO", particularmente aos elementos mais diretamente envolvidos na realização deste evento, que foi seguido com muito interesse, por um significativo grupo de elementos da "ASO"/"USO", que participaram nesta visita.
Vasco Lopes da Gama

domingo, 17 de setembro de 2017

SERMOS DONOS DO NOSSO TEMPO É LIBERTADOR

Em primeiro lugar talvez devamos começar por clarificar e definir o que é o tempo. O tempo poderá definir-se com sendo a duração dos factos, determinando assim as horas, os dias, as semanas, os anos, os séculos, as épocas e os momentos em que as coisas acontecem.
O tempo ora pode passar rapidamente (até nos parecendo que voa, dada a sua rapidez), como noutras ocasiões anda tão devagar que parece que nunca mais passa. Tudo isto dependendo daquilo que nós estivermos a fazer.
Sendo certo que "para tudo há um tempo determinado", deveremos ter em consideração de como arranjar tempo para aquilo que realmente é importante para nós e para a nossa vida.
É preciso, portanto, clarificar e delinear quais as atividades que verdadeiramente nos interessam e que nos podem ajudar a ir ao encontro dos nossos valores e objetivos.
Temos, pois, que tentar elaborar e ordenar os valores e objetivos que queremos para a nossa vida e para o nosso bem-estar. Nem sempre isso é um exercício fácil e conciliatório, mas sem dúvida que ele poderá ser um importante contributo para nos ajudar a alcançar os nossos objetivos.
Façamos, pois, um esforço para elaborar a nossa lista de prioridades. Certamente que, com alguns momentos de reflexão, começamos a trazer à mente algumas das nossas prioridades, tais como: a família, os amigos, a educação, o trabalho, o dinheiro, a felicidade, a saúde (física e espiritual), etc.
Agora tonar-se-á necessário analisar quais destes valores são efetivamente os mais importantes para nós. Ao mesmo tempo deveremos equacionar isto com os objetivos que gostaríamos de alcançar.
Põe-se-nos então a questão, não menos importante, do que diferencia valores e objetivos. Duma forma simplista podemos dizer que os valores são contínuos, ao passo que os objetivos, ao serem alcançados, podem ser dados como concluídos.
Face ao atrás mencionado, é importante definirmos bem quais os objetivos que queremos alcançar, como por exemplo: "Passar mais tempo com a família?", "Encontrar um emprego melhor?", "Aperfeiçoar as nossas habilidades num hobby favorito?", "Aprender outro hobby?", " Ler ou escrever um livro?", etc.
É chegado então o momento de decidirmos quais destes objetivos são os mais importantes para nós e certificarmo-nos se eles são compatíveis com os nossos valores e se, entre si, não entram em conflito.
Se os nossos objetivos estiverem de acordo com os nossos valores e nós fizermos as atividades que contribuem para alcançar esses objetivos, a nossa vida estará bem direcionada. Nós dedicaremos mais tempo às coisas que, realmente, consideramos importantes.
Mas nunca devemos perder de vista que as coisas levam tempo, assim como, os nossos processos também levam o seu tempo.
Por isso, temos de aprender a aceitar e respeitar o tempo das coisas, não devendo julgar se há atrasos, ou avanços. A pressa, tal como a lentidão, são um erro.
Não raras vezes desrespeitamos o ritmo do nosso desenvolvimento. "Vendemos o nosso tempo, entregamos por pouco e aceitamos a ansiedade alheia". "Porquê de segunda a sexta? Porquê das 8h às 18h? Porquê fazer férias agora, e não no nosso momento?".
Pois é, sermos "donos do nosso próprio tempo é um ato de amor e, podem crer, que é verdadeiramente libertador!"

Vasco Lopes da Gama

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

QUEM SOU EU?

Hoje resolvi fazer um perfil de minha autoria.

Quando eu me pergunto quem sou eu, fico sempre na dúvida se sou o que pergunta, ou o que não sabe a resposta? Pois é, nem eu mesmo sei, neste momento. Só sei quem eu era, quando me levantei hoje de manhã, mas acho que já me transformei várias vezes desde então.

Mas voltemos à questão de "Quem sou eu?". Sou oriundo duma família remediada e modesta. O meu pai era natural duma aldeia do concelho de Arganil e desde muito jovem veio para Lisboa em busca duma vida melhor. A minha mãe era natural de Almada. Por cá se conheceram e em Lisboa residiram até ao fim das suas vidas. Como certamente já depreenderam eu sou um Lisboeta. Nasci, cresci, aprendi, estudei e vivi, até à idade adulta, na cidade de Lisboa.

A propósito de aprender, de facto, ao longo da vida eu aprendi muito. Aprendi que nem tudo é como um sonho, que quase sempre nos dececionamos em relação às pessoas, umas vezes porque elas não valem a pena, ou porque esperamos delas muito mais do que na realidade elas valem. Aprendi também a não esperar por nada na minha vida, mas sim deixar que as coisas acontecessem... e reconheço que ganhei muito com isso, porque aprendi a distinguir os amigos, dos conhecidos.

Ao longo da minha vida algumas vezes caí, levantei-me, chorei, aprendi, cresci... E de tudo isso tirei uma conclusão: "Tudo na vida passa, deixemos o tempo falar por nós e deixemos que ele nos mostre se as nossas escolhas são as corretas... porque na vida o que importa não é o que as pessoas acham de nós, e sim o que Deus sabe a nosso respeito".

Poderia enumerar aqui todos os meus medos e as minhas angústias, mas aprendi que isso deve ser guardado só para mim.

Descrever-me fisicamente, falar da minha personalidade, dos meus gostos, etc., também não gostaria de falar nisso. Infelizmente, creio que isso não é importante, porque quem nos define são as outras pessoas. Cada pessoa tem um conceito diferente sobre nós. Se perguntar a um meu inimigo quem eu sou ele me julgará mal, se perguntar a um meu amigo ele só dirá as minhas qualidades. Se me perguntar quem sou... eu direi: "Sou o que está a ver... agora depende dos seus olhos!"

A terminar poderei resumidamente dizer que sou uma pessoa feliz, que ama muito a família e a vida, apesar de na vida continuar a ser um aprendiz e de possuir algumas imperfeições. Como dizia um poeta "Se os caminhos desta vida / Ainda não sei de cor, / Pelo menos busco, / A cada dia, / Tornar-me alguém melhor."
Vasco Lopes da Gama

EÇA DE QUEIROZ - SEMPRE ATUAL!

"Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição"


"Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações.

A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.

A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio.

A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva.

À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espetáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade."

Autor:
Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora” (1867)

domingo, 20 de agosto de 2017

VIAGEM AOS PAÍSES BÁLTICOS – (VII)

Depois de termos visitado os Países Bálticos da Estónia, Letónia e Lituânia continuámos a nossa viagem para a Finlândia que, por coincidência, este ano comemora os 100 anos da sua independência.

FINLÂNDIA ▬ Este é o ano para a visitar

Os finlandeses comemoram este ano o centenário da sua Independência. Mas não é preciso ser finlandês para festejar, até porque a sua Natureza pode ser vivida por todos. E em qualquer época do ano.
Foi no dia 6 de dezembro de 1917 que a Finlândia se libertou do Império Russo, estando programados mais de dois mil eventos ao longo de 2017, a maioria deles ao ar livre.
Da cosmopolita Helsínquia às inúmeras lojas e museus de design, são muitos os pontos de interesse, mas é na sua Natureza selvagem que continuam a residir os seus maiores trunfos. Afinal 76 % do território é coberto por florestas! 
Finlândia é um país fascinante para passar férias, para além de ser um país com uma energia e ambiente bem fora do resto da Europa.
história da Finlândia conta que este território é habitado há cerca de 9000 anos. O povo Lapão foi o primeiro grupo étnico a estabelecer-se neste lugar, essencialmente no norte do país.
Sabe-se que no sul da Finlândia, o povo aqui estabelecido 3 000 anos mais tarde, foi o povo ugro-finês. Com bastante influência sueca, aderiu ao cristianismo e preparou-se, através das cruzadas, contra as investidas russas, que tinham o objetivo de conquistar este território.
A Finlândia sempre quis ser um país pacífico e o seu povo contenta-se por estar rodeado de imensos lagos e de uma paisagem maravilhosa. O nome do país significa “a terra dos mil lagos ou pântanos” e não a terra do “fin” do mundo, como alguns referem.
A Finlândia fez parte do território sueco, seguindo as leis e normas do país dominante, sendo que os finlandeses se sentiram sempre revoltados, uma vez que tinham de estar envolvidos nos conflitos provocados pela Suécia, especialmente com a Rússia. Entre os séculos XVIII e XIX, a Finlândia viveu momentos de grande instabilidade, chegando mesmo a ser ocupada pela Rússia.
Foi em 1917 que este país se tornou independente e em 1987 existiu uma grande mudança política nesta nação, uma vez que o Partido Nacional Conservador se uniu ao Partido Social Democrata e formaram governo.
Segundo as estatísticas, este é o país que oferece aos seus cidadãos a melhor educação do mundo.
A lenda do Pai Natal nasceu aqui, que segundo se conta, vive na Lapónia (finlandesa).

Com base no que nos foi dito, a melhor altura para visitar a Finlândia, é entre os meses de maio e setembro, uma vez que esta época tem dias quentes e mais longos.

clima da Finlândia é temperado frio, pois os seus invernos são longos e frios e os verões são quentes, curtos e ensolarados..

As chuvas são mais intensas nos meses de outono, sendo que no inverno, ocorrem muitos nevões. 
O ar, esse, é puro. O terceiro ar mais puro do mundo, dizem os estudos.

Geografia da Finlândia

Finlândia conta com a área territorial de 338 145 Km2, país situado no Norte da Europa. 

O país é conhecido como o “país dos mil lagos”, o qual faz fronteira a Norte com a Noruega, a Noroeste com a Suécia e a Leste com a Rússia. É também banhada a Sul pelo Golfo da Finlândia e a Oeste pelo Golfo de Bótnia.
O cenário paisagístico é composto principalmente por um relevo de baixa altitude e de características planas, embora se registe uma subida de altitude de Sul para Norte. O ponto mais alto da Finlândia encontra-se no Monte Haltia, na região montanhosa situada a Noroeste do país com 1328 metros de altitude.
É possível encontrar pelo país densas florestas, acompanhadas por pequenos e grandes lagos (como por exemplo, o Lago Saimaa, o quinto maior lago do continente europeu), tal como por muitos rios e áreas pantanosas.

HELSÍNQUIA – Capital organizada, bem-educada e gentil

Helsínquia é a capital da Finlândia desde a independência do país face ao império Russo. A cidade fica sobre várias pequenas ilhas, o que a torna invulgar. É uma cidade segura por natureza e simples de ser visitada a pé.
A cidade está cheia de edifícios de grande valor arquitetónico, impecavelmente preservados.
Existem belíssimos exemplos da influência russa, como a Catedral Ortodoxa de Uspenski e a Praça do Senado, onde fica também a Universidade de Helsínquia e a Catedral de Helsínquia (ou Catedral Luterana), um dos edifícios mais emblemáticos da cidade.
A Igreja de Pedra é um edifício que vale a pena visitar, construída nos anos 60 é uma igreja quase totalmente subterrânea construída a partir de uma rocha maciça de granito. O exterior é simples e destaca-se a sua cúpula de cobre que é praticamente a única parte visível do exterior.
A área de Kamppi e Kluuvi, por seu lado, é o centro da cidade. É demasiado movimentada e está entre museus, galerias de arte e ruas comerciais. A Estação Central de Comboios, o estabelecimento comercial mais famoso do país, Stockmann e o Museu de Arte Ateneum, estão localizados em Kluuvi.
Helsínquia tem inúmeras ruas recheadas de espaços onde se podem comprar objetos de design, roupas únicas, iguarias…etc, etc
Mas havia ainda muito para ver em Helsínquia, porém, o imparável andar dos ponteiros do relógio, lembrava-nos que estava chegada a hora em que deveríamos rumar até ao aeroporto, para iniciarmos o regresso a Portugal.

E assim, com esta crónica, damos por encerrados os nossos relatos e impressões sobre a viagem que efetuámos aos países bálticos. Viagem que, certamente, ficará para sempre na memória e na recordação de todos os que nela participámos.
Vasco Lopes da Gama
Fonte: Dados extraídos da Internet

VIAGEM AOS PAÍSES BÁLTICOS – (VI)

Após a visita à Estónia, Letónia e Lituânia, seguimos viagem, por ferry, de Tallinn para Helsínquia, na República da Finlândia.


REPÚBLICA DA FINLÂNDIA


(Bandeira da Finlândia)

Dados gerais relativos à Finlândia:

Capital: Helsínquia
Língua oficialFinlandês e sueco
Área Total: 338.145 km²
População: 5.348.357 habitantes
                     (dados de 2009)
Moeda: Euro
Fuso horário: GMT +2
Clima: Temperado subártico
Fronteiras: Rússia, Suécia, Noruega
Visto: Não é preciso visto (Finlândia pertence à UE).

Vasco Lopes da Gama
Fonte: Dados retirados da Internet

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

VIAGEM AOS PAÍSES BÁLTICOS – (V)

VILNIUS – Cidade pacata e agradável no coração da Europa

Vilnius é a capital da Lituânia, com cerca de 592.500 habitantes, situada num vale formado pelo Rio Vilna (que a atravessa) e rodeado quase completamente por montanhas.
Encontra-se a 105 km a SE, de Kaunas. Tem edifícios de influência bizantina, alemã, latina e gótica, de grande importância histórica e artística.
Vilnius foi fundada no séc. X, sendo constituída como capital da Lituânia em 1323 pelo Grão Duque Gediminas, sendo sede episcopal católica e ortodoxa, e conta com numerosas igrejas de todos os credos, incluindo uma mesquita e várias sinagogas.
O centro histórico de Vilnius, a cidade barroca mais oriental, é, ao mesmo tempo, um dos maiores da Europa Central e de Este. Com o passar do tempo misturaram-se na cidade as tradições lituanas, judaicas, polacas e russas. Graças a esta rica herança cultural, Vilnius foi incluída pela UNESCO, em 1994, na lista das cidades Património da Humanidade.
O centro histórico da cidade é fácil de percorrer a pé, onde as igrejas e os monumentos históricos se encontram a cada esquina: da praça da catedral e pelas estreitas ruas dos séculos XV e XVI, das Portas do Entardecer, que marcavam a estrada para Moscovo, até ao Bastião da Artilharia, do século XVII, com um museu de armas no interior, percorremos ruas pavimentadas a pedra, passando por fachadas seculares, muitas delas agora anunciando cervejarias, restaurantes e lojas para turistas.
Mas a grande maioria dos monumentos históricos são igrejas, numa manifestação de fé só comparável com a dos polacos, os seus vizinhos do Sul. A igreja ortodoxa russa do Santo Espírito; a igreja católica de Kazimieras, a mais antiga das igrejas barrocas da cidade; a igreja de Santa Ana com o exterior pontiagudo e gótico, feita de tijolos vermelhos; e com a grande Catedral da Praça, com a sua torre sineira ao lado. Por trás, a torre de Gediminas, proporciona-nos um dos melhores miradouros sobre a cidade, abrangendo os campanários que saem do verde das árvores, numa demonstração de que as capitais não têm de ser selvas de betão e feias torres de cimento – podem ser sempre como Vilnius.
Vilnius apresenta-se como uma cidade em movimento, onde a profusão de restaurantes e kavine (cafés e cervejarias) que "nasceram" na Cidade Antiga, à procura de um turismo cada vez mais crescente, mostra bem que o país não dorme.
A Colina das Cruzes
Uma viagem a Vilnius deverá sempre incluir uma visita à "Colina das Cruzes". A "Colina das Cruzes" (LituanoKryžių kalnas) é um centro de peregrinação católica situado a cerca de 16 km norte da cidade lituana de Šiauliai.
Ao longo dos séculos, não apenas cruzes, mas também crucifixos (alguns gigantes), esculturas sacras, estátuas da Virgem Maria e milhares de pequenos rosários vêm sendo trazidos por fiéis católicos e ali colocados. O número exato de cruzes é desconhecido, estima-se, todavia, que superava 100 mil em 2006. Presentemente estima-se que já tenha ultrapassado as 150 mil cruzes colocadas uma a uma. Existem relatos que apontam a peregrinação desde o ano 1236. Porém, fala-se que a tradição começou pelo menos um século antes, sendo um mistério o seu motivo. Há uma lenda que diz que aquela região abrigava uma antiga catedral, mas não existem evidências reais. Um facto curioso foi a Colina das Cruzes ter sobrevivido ao regime comunista.
Castelo de Trakai, em Vilnius
Quem se desloca a Vilnius, normalmente não dispensa, tal como nós, de fazer os 30 km até este lugar encantador, entre floresta e lagos: o Castelo de Trakai, antiga capital do país.
Estendendo-se numa pequena península entre dois lagos, a aldeia é especialmente conhecida pelo castelo situado numa ilha no extremo da povoação, perto do local onde o autocarro nos deixou.
Passadiços de madeira levam-nos sobre as águas do Lago Galvé até o castelo dos nossos sonhos de criança, feito de tijolos vermelhos, com a sua ponte levadiça sobre um fosso, as torres perfeitas de telhados cónicos, pátios e salas escuras e misteriosas. Data do século XV, mas foi restaurado nos anos 50 e alberga agora o museu do castelo.
É possível alugar barcos para contornar o exterior do castelo e apreciar a beleza do lago e dos bosques, enquadramento que o transformam num castelo de Avalon, saído das águas.
Âmbar, o ouro do Báltico
Talvez a particularidade mais conhecida da região seja o âmbar. Resina fóssil, enterrada durante milhões de anos, usada em objetos ornamentais desde a Idade da Pedra.
Foram encontrados objetos de origem báltica em túmulos egípcios, datados de 3200 a.C. e vikings, de entre 800 a 1000 d.C.. Existia uma Rota do Âmbar que levava esta preciosidade da costa báltica, a principal fonte desta matéria, posta a descoberto pela erosão do mar, até à costa mediterrânica, da Itália e Grécia ao Médio Oriente.
O seu aspeto dourado e translúcido valoriza-o na confeção de adornos e o facto de por vezes ter bolhas de ar, pequenos insetos, penas ou vestígios de plantas inseridos na resina, faz com que cada peça seja realmente única e original. Diz-se que há um truque para o distinguir de uma pedra: trincá-lo. Apertado entre os dentes, o âmbar faz o mesmo ruído que o… plástico!
Vilnius em síntese
Esta capital apresenta-se-nos como um centro/entreposto comercial de cereais, madeiras e derivados, com indústrias de couro, cristal, farinhas, ladrilhos e destilarias. É também entroncamento ferroviário com linhas para a Polónia, Bielorrússia, Letónia e para o norte da Federação Russa.
Em Vilnius há uma mistura de temperaturas, de estilos e de gente, fria e quente, como o tempo. É uma cidade pacata e agradável, tem um ar de aldeia grande graças à abundância de zonas arborizadas e às suas numerosas igrejas. É também uma cidade universitária no coração da Europa, já que só se encontra a 26 km de distância do ponto central do continente europeu.
Vilnius apresenta-se como uma cidade em movimento, onde a profusão de restaurantes e kavine (cafés e cervejarias) que "nasceram" na Cidade Antiga, à procura de um turismo cada vez mais crescente, mostrando bem que este país "não dorme".
Reportando-nos a tudo o que atrás descrevemos e, talvez por isso mesmo, tenhamos retido uma expressão utilizada por um guia turístico de que "os lituanos são os latinos do Báltico".
Vasco Lopes da Gama
Fonte: Internet + Artigo de Ana Isabel Mineiro + "GeoStar"

terça-feira, 15 de agosto de 2017

VIAGEM AOS PAÍSES BÁLTICOS – (IV)

Tallinn – Um museu vivo e uma joia medieval
A Estónia surpreende o visitante pelo seu aspeto rural e simples, muito mais próximo da Finlândia, tanto em relação à língua como a alguns aspetos culturais.
Com apenas 1,4 milhão de habitantes, as paisagens planas e campestres são destaque no horizonte.
Tallinn, a capital, é uma cidade que com pouco mais de 400 mil habitantes, aproximadamente um terço da população total do país, apresenta-se-nos com uma mistura incrível. O centro histórico medieval destaca-se pelo seu charme, as suas igrejas (a cidade é privilegiada pela existência de igrejas ortodoxas, presbiterianas e católicas), os prédios históricos e as suas vielas de paralelepípedos fazem-nos sentir regredir no tempo.
No cimo da colina Toompea, no centro da cidade, há uma excecional vista da baía de Tallinn. Ao mesmo tempo, os bairros do lado de fora da muralha são marcados por prédios e modernos centros comerciais.
Tudo é muito verde e com parques públicos. Um pouco mais afastado há os grandes conjuntos habitacionais soviéticos, onde a arquitetura funcionalista toma forma no horizonte. Em toda a cidade alguns antigos edifícios soviéticos estão abandonados e dão um ar misterioso, mostrando que aquele lugar tem um passado que já não lhe pertence.
Ainda em relação a Toompea, deverá destacar-se que aí fica situada a Catedral de Alexandre Nevsky, do rito ortodoxo russo, construída no séc. XIX; o Castelo Toompea, dos séc XIII e XIV, a sede do Parlamento Estónio, ou Riigikogu; Toomkirik, a Catedral Luterana fundada em 1233; o Museu de Arte Estónia, que ocupa um edifício nobre do séc. XVIII, perto de Toomkiirik, e a Kiek-in-de Kok, robusta torre que foi construída por volta de 1475.
Tudo em Tallinn tem história e apesar das invasões sucessivas dos países vizinhos, a cidade antiga mantém uma arquitetura e atmosfera medieval únicas.
Castelos de torres redondas e telhados pontiagudos, as grandes muralhas defensivas, as ruas de empedrado irregular – que os locais se apressaram a construir e reconstruir ao longo dos tempos. É assim que hoje encontramos a capital da Estónia.
Depois de séculos de pilhagens e bombardeamentos por dinamarqueses, cavaleiros teutónicos, suecos, russos, nazis e soviéticos, é espantoso que a cidade mantenha mais do seu passado histórico do que a grande maioria das suas congéneres europeias, mas a verdade é que a parte antiga da cidade possui quilómetros de ruelas sinuosas com casas medievais, uma muralha de dois quilómetros e meio com vinte e seis torres defensivas, igrejas seculares e ainda bairros com casas tradicionais de madeira, como os de Kalamaja e Lillekula.
O próprio nome do país, Eesti, parece vir do termo usado pelos romanos para as tribos dessa região, a Leste dos germânicos, e Tallinn foi já referida em 1154 pelo cronista árabe Al Idrissi como “Kolovan” – o nome Tallinn deriva do estónio taani linn, “cidade dinamarquesa”, surgiu nos tempos em que estes a ocupavam.
E sobretudo não há quem não fique seduzido pela linha descontínua das muralhas semeada de torreões austeros com telhados cónicos – um deles, de uma rotundidade exagerada, baptizado de Margaret Gorda , pela catedral ortodoxa russa de Alexandre Nevsky, ou a luterana Toomkirik, que são apenas alguns dos monumentos que a cidade oferece aos visitantes.
Todas as ruas de Tallinn parecem convergir para Raekoja Plats, a Praça do Município e a praça do mercado, que data do séc. XI, com as suas casas góticas de cores outonais em contraste com a pedra do chão e das muralhas. Lá se encontram muitos e agradáveis cafés e restaurantes, a prefeitura gótica do sec. XIV e uma farmácia, a Raepteek, que abriu em 1422. Mais a norte encontramos a Igreja Oleviste, cuja torre, ao seu tempo, foi o edifício mais alto do mundo (com 159 metros de altura).

Depois deste "mergulho" calmo ao passado, que a cidade velha de Tallinn nos proporciona, não seria possível deixarmos de fazer uma visita ao Museu Etnográfico de Rocca al Mare, um museu ao ar livre, cujo batismo se deve a um comerciante italiano que aí construiu uma casa no século XIX. Por entre bosques e a costa, expostos em 84 hectares, encontramos uma excelente mostra de 100 construções típicas da Estónia dos séculos XVIII e XIX: habitações em vários estilos de arquitetura rural com mobiliário da época, moinhos de vento, estábulos e uma capela, tudo construído em madeira, com troncos sobrepostos, telhados de colmo e pinturas tradicionais. 

Tallinn é uma das cidades da Europa que melhor conserva a sua origem hanseática, figurando mesmo na lista da Unesco, como sendo um museu vivo, exemplo dos tempos grandiosos que viveram as cidades hanseáticas.

Ao terminar esta crónica deverá referir-se que a romântica e viva Tallinn retrata, ao mesmo tempo, o passado e o futuro.
Vasco Lopes da Gama
Fonte: Dados extraídos da Internet + ("Artigo de Ana Isabel Mineiro")

sábado, 12 de agosto de 2017

VIAGEM AOS PAÍSES BÁLTICOS – (III)

RIGA – UMA CIDADE COSMOPOLITA

A Letónia ficou independente da União Soviética, em 1991, e está a conseguir, aos poucos, recuperar dos anos de opressão que viveu. Atualmente, a força económica do país vem da exportação (de madeira, produtos agrícolas, farmacêuticos, tecidos, navios), do trânsito do petróleo da Rússia para a Europa Ocidental e do turismo. E assim, Riga vem tentando recuperar o título de "Paris do Norte".

Riga é a maior cidade dos Países Bálticos. O antigo centro comercial transformou-se numa capital bonita, dinâmica, moderna, com uma boa vida noturna e muito movimento. Nas horas de ponta é possível levar bem mais de uma hora para chegar do aeroporto ao centro histórico (um trajeto de 10 quilómetros que pode ser percorrido em 15 minutos sem trânsito intenso). O centro histórico tudo pode ser percorrido a pé. Mas, se der preguiça, a cidade conta com autocarros turísticos de dois andares que circulam pelos principais pontos de interesse.

UMA TRAJETÓRIA SOFRIDA

Tudo começou há mais de 800 anos com a chegada de monges, guerreiros germânicos e Cavaleiros Teutónicos (cruzada militar vinculada à igreja católica) num território que era ocupado por primitivas tribos bálticas. Eles fundaram Riga, em 1201 e passaram a usar a Letónia como posto comercial. A Rota dos Vikings, atravessava o rio Daugava para ligar o Ocidente com o Oriente. Mas, esse sossego não durou muito tempo. Logo, os guerreiros germânicos tomaram conta da Letónia e construíram castelos para marcar seu domínio, expulsaram e escravizaram os letões. Enquanto isso, o país era membro da Liga Hanseática (associação de mercadores) e prosperava com o surgimento de palacetes.

A dominação alemã persistiu por três séculos até a extinção da Ordem dos Teutónicos. No século XVI, o país fez parte do Reino da Polónia e Lituânia. Mas, o povo revoltou-se e apoiou um movimento chamado de Reforma.

Houve muitos conflitos. No final do século XVI os suecos e poloneses entraram em divergência e novas lutas marcaram a história. Os suecos dominaram até 1710, quando perderam Riga para o czar russo Pedro, o Grande. Por dois séculos, os russos se mantiveram no comando da Letónia e adotaram seu idioma como oficial no país.

Novamente, houve revolta da população. Durante a Primeira Guerra Mundial, o país foi duramente castigado por ter sido o campo de batalha entre Rússia e Alemanha. Em 1918, depois de muitas lutas a independência da Letónia foi declarada. Nessa época, o idioma letão voltou a ser falado e Riga passou a ser considerada a capital dos Balcãs. Essa fase durou pouco e em 1940, os soviéticos invadiram novamente a Letónia. O comunismo foi implantado à custa de grande repressão. Muita gente foi presa, deportada, ou executada. A população tentou fugir em massa do país enquanto os russos imigravam com força total.

Em 1991, finalmente a Letónia conseguiu novamente sua independência. Desde então, o país tem reforçado os seus vínculos com o Ocidente. Tornou-se membro da União Europeia e da OTAN, em 2004. E, agora luta para se recompor e se livrar da imagem soviética.

CONHECENDO A CIDADE "VELHA"

A parte mais encantadora da cidade é o centro histórico. Caminhar pelas ruelas cheias de prédios Art Noveau, intercalados com o pouco que sobrou do período medieval, é de encher e regalar os olhos. Por muito tempo Riga foi uma cidade murada às margens do rio Daugava. Deve ter sido uma bela cidade medieval. No entanto, os muros foram retirados no século XIX e no seu lugar foram construídos parques e avenidas. A Torre de Pólvora foi a única que restou das 18 que faziam a defesa da cidade. E, hoje, ali funciona o Museu de Guerra Letão.

Perto da antiga torre fica o Castelo de Riga que de original, atualmente, só tem o nome. A cidade foi muito castigada com os conflitos que sofreu. O castelo foi destruído e reconstruído várias vezes. Hoje, é a residência do presidente do país e abriga dois museus: Museu de Arte Estrangeira e Museu de História da Letónia.

Andando mais um pouco avista-se a cúpula da Catedral do Domo, que foi construída no início do século XIII. A catedral, que já foi a maior igreja da região báltica, agora é uma igreja bem simples. As guerras foram as responsáveis por tamanha destruição. Ela ainda abriga alguns túmulos de antigos mercadores da cidade e um púlpito de madeira do século XVII. Os vitrais são mais recentes - do século XIX - e, também é dessa época, o órgão alemão que já foi considerado o maior do mundo. Assim, a igreja acabou ficando com vários estilos arquitetónicos misturados e a maior parte do que resta foi feito do século XIX para cá, sem muito requinte.

Bastante interessante é a Praça da Prefeitura. Cheia de contrastes. De um lado duas casas chamam a atenção: a Casa dos Cabeças Pretas e a Casa Schwab. Elas foram a sede de uma irmandade de mercadores estrangeiros solteiros que terminou por ordem de Hitler. As duas casas foram danificadas nos combates da II Guerra Mundial e reconstruídas recentemente, em 1999.

Em frente às duas casas fica o prédio da Prefeitura  (construído em 1334), que juntamente com Castelo de Riga e a Catedral do Domo formam o centro do poder da Letónia.

Ao lado da Casa dos Cabeças Pretas uma caixa escura em betão, bem ao estilo russo, abriga o Museu da Ocupação da Letónia. Em frente ao museu estão três enormes figuras em pedra e que o seu objetivo é lembrar os fuzileiros da Letónia que serviram no Exército Vermelho.

Outra praça interessante é a Laukums. Cheia de restaurantes e cafés. Além disso, reúne prédios bem interessantes ao seu redor. A Casa dos Gatos é um edifício amarelo, em estilo Art Noveau, com estátuas  de gatos pretos no telhado. Reza a lenda que o proprietário do prédio não foi aceite na congregação de mercadores da Grande Guilda (que fica na mesma praça) então colocou as estátuas dos bichanos eriçados, como protesto. 

A Pequena e a Grande Guilda eram organizações que congregavam  respetivamente artesãos germânicos e membros do comércio local. As casas são muito imponentes e foram construídas no século XIX.

Uma bela igreja é a Igreja de São Pedro. Originalmente foi construída em 1209 mas, como tudo na cidade, foi destruída e refeita várias vezes. A sua torre, em madeira, ostenta um antigo relógio, tem 123 metros de altura e serve como um dos pontos de referência da cidade.

Ainda no centro histórico vale a pena observar os contrastes arquitetónicos. A cidade é muito interessante. Muralhas medievais convivem pacificamente com esculturas modernas e com prédios em estilo Art Noveau. É simplesmente encantador!

E, a quem se interessa por fazer compras, também há um bom shopping no centro antigo de Riga. É o Galerija Centers. Confesso que eu prefiro muito mais caminhar, conhecer, olhar e comer.

PELOS ARREDORES DO CENTRO HISTÓRICO

Saindo do centro histórico há muitas outras coisas interessantes na cidade. E tudo pode ser alcançado a pé. Para começar o Parque Bastejkalns que foi construído no lugar das antigas muralhas medievais da cidade. O parque é amplo e convidativo, apesar de servir como lembrança de que o caminho para a independência da Letónia foi bastante sangrento. É ali que fica a Ópera de Riga, o Monumento à Liberdade, a fábrica de chocolates letonianos "Laima" e de onde saem passeios de barco.

Ainda mais afastado do centro vale a pena ir até à Catedral Ortodoxa. A igreja russa foi construída em 1884 e conta com 5 belíssimos domos. Já serviu como planetário e restaurante durante o período soviético. Ela fica no Parque Esplanada - a cidade é muito arborizada e tem vários parques.

Por último, realmente pode aproveitar-se o tempo para visitar o Mercado Central. A construção é imponente e uma das maiores estruturas da Europa com 5 pavilhões que vendem de tudo no lugar que já serviu como hangar do Zeppellin.

Apesar de ter sido muito castigada pelas guerras, a Letónia encanta-nos. A mistura arquitetónica da cidade de Riga e a sua história fazem a viagem/visita desta cidade valer muito a pena, especialmente quando conjugada com os países vizinhos: Estónia e Lituânia. 

Vasco Lopes da Gama
Fonte: Dados extraídos da Internet ("Artigo de Claudia Liechavicius")