sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Esperança e Confiança no Futuro


Há cada vez mais pessoas desiludidas, sem esperança, sem paz, desesperadas, achando que não há solução para as suas angústias e problemas.

Existe um ditado popular que diz que a esperança é a última a morrer. Mas, na verdade, o ritmo acelarado da vida, as obrigações de todos os tipos e as múltiplas atenções impostas pelo ambiente social pervertem, de certo modo, o sentimento que antes caracterizou a vida das famílias, quando não havia tantas pressões para cumprir as exigências do viver diário.

O fato é que existe, por toda a parte, um nervosismo e uma ansiedade coletiva, configurados numa série de curiosos aspectos, e que custa muito a acalmar. Diríamos que, apenas é satisfeita uma necessidade, uma exigência ou um desejo, surgem de imediato outros que, com maior insistência, exigem ser atendidos e resolvidos, muitas vezes em prejuízo da justa medida das conveniências e do bom senso.

A esperança de muitos está fundamentada nos prazeres do mundo: nos bens desta vida, na vaidade da vida, na fama, no sucesso, nas pessoas, no dinheiro e riqueza, no Ter e não no Ser.

A esperança é o sentimento que leva o homem a olhar para o futuro, considerando-o portador de condições melhores que as oferecidas pelo presente, por forma que a luta pela vida e os sofrimentos sejam enfrentados como contingências passageiras, na marcha para um fim mais alto e de maior valor.

A esperança nasce do confronto que o eu estabelece entre o que é - realidade atual; o que foi - o passado; e o que poderá ser − o futuro, a possibilidade. Por isto, a esperança não encerra uma atitude passiva − essa é própria da fé. A esperança implica atividade, extroversão, pois aquele que tem esperança, tem-na para si e para todos. Enquanto vivência ela pode ser individual mas, na sua essência, ela é colectiva. Arriscamos mesmo a dizer que ela é constitutiva da essência do ser humano.

A esperança pode também definir-se como confiança no cumprimento de um desejo ou de uma expectativa. Ela faz parte do nosso dia-a-dia – esperança para a nossa vida, para a nossa família e para a sociedade.

 

Hoje é necessário e imperioso que volte a renascer a confiança, o entusiasmo e a fé no futuro, e, para que isso aconteça, será necessário trabalhar intensa e incansavelmente, a fim de conquistar a paz social, ainda que com sacrifício, sem esquecer a compreensão extraída de todos os acontecimentos passados, para se poder assim reformar a conduta da nossa sociedade, fazendo-o sem receios nem desconfianças, com nobreza e dignidade, pelo caminho que cada um deve percorrer desde o nascimento até à morte.

Atualmente, pensar em confiar no futuro, parece impossível para a maioria das pessoas. A observação da conduta do ser humano, diante das mais variadas situações que se apresentam na vida, faz pensar que o destino da nossa sociedade, é muito preocupante, principalmente no aspecto moral.

Perante isto, interrogamo-nos: como confiar no futuro? Eu confio no meu próprio futuro?

Para o efeito tomemos, como exemplo, o futuro profissional. Nesse caso, há confiança quando a pessoa estuda e se capacita para realizar um bom trabalho e ser bem remunerada pelos serviços prestados. Mas isso não é o bastante para que o indivíduo se sinta plenamente confiante no futuro da sua vida. A profissão corresponde a uma parte importante dela, mas não é tudo. Para que haja equilíbrio, é lógico a necessidade de capacitação em todas as áreas da vida.

Para confiar no futuro e encaminhar a vida de forma mais digna, com bons pensamentos, sentimentos e moral elevada, que devemos fazer? Assim como, na profissão, como estudar e nos capacitarmos para que se confie plenamente no futuro em todos os aspectos da vida?

Em primeiro lugar é necessário fazer uma análise sincera do que se é. Devemos identificar se na nossa mente existem pensamentos que não estão de acordo com os propósitos mais elevados que queremos atingir, assim como os pensamentos que limitam a nossa vida e a nossa conduta, escravizando-nos e tirando-nos a confiança que temos em nós próprios. A partir daí, é possível estudar esses pensamentos, encontrar suas causas, planear estratégias e esforçarmo-nos em lutar contra eles, até conseguirmos enfraquecê-los e assim atuarmos mais livremente. Ainda que se manifestem outras vezes, não impedirão mais que confiemos no futuro, porque este saberá que pode ser diferente do que é superando-se completamente.

A confiança no futuro depende da capacitação mental que cada um adquire com o estudo e as experiências de vida, procurando sentir-se cada vez mais apto em realizar o que se propõe.

Aos mais jovens, dizem os mais velhos, alguns dos políticos, dos intelectuais e dos professores: “Vós, jovens, sois a esperança do futuro!”.  Mas para que isto seja verdade devemos, eventualmente e, primeiro lugar, questionar: Qual o exemplo que os adultos estão a dar às novas gerações? Que valores lhes transmitimos? Os valores da intriga, da inveja e da mediocridade cultural, social e ética?

Não há dúvida de que é nos jovens que teremos a esperança de um futuro melhor, quer para os outros quer para nós próprios. Será aos jovens, que caberá a concretização dessa esperança e que ninguém ponha em dúvida de que eles serão capazes de construir uma sociedade mais justa, equilibrada e otimista para todos.

Mas confiar no futuro consiste também e acima de tudo, em confiar em nós próprios. Na verdade, o que a nossa sociedade precisa, é de verdadeiros líderes, bons modelos, comprometidos com a verdade, com a dignidade, o respeito e cujo objetivo seja a ela servir.


Vasco Lopes da Gama

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

…e o Repórter estava lá!

Filhos de agricultores escolheram deixar o campo

Um flash ficcionado da Região Oeste, contado na primeira pessoa, que acaba por ser um retrato do nosso mundo rural              

“Sem qualidade de vida e sem a criação de incentivos, não há motivação para fixação e permanência no campo”. Esta é a opinião do casal António Mota, de 63 anos, e Isabel Mota, de 61. Os dois trabalham afincadamente na lavoura na sua propriedade de um hectare, na região Oeste. Resignados, não esperam, nem sequer desejam, que os filhos tenham a vida que eles levam.
António e Isabel tiveram quatro filhos. João morreu do coração três meses antes de se formar. Fernando, de 33 anos, é técnico da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte. Manuel, com 30 anos, é mecânico automóvel, em Lisboa, e a Joaquina, de 23 anos, está ainda a estudar em Coimbra.
Com 39 anos de casamento, os dois estão acostumados a trabalhar juntos e sozinhos. Não querem mudar de vida e, muito menos, ouvir falar em morar na cidade, onde já estiveram e de onde não guardam saudade.
–“Fico tonta, nervosa, Lisboa é muito barulhenta tem muito movimento. Apesar de sofrida, a vida do campo é melhor” – diz Isabel, e António concorda com a cabeça.
Separando as laranjas e os diospiros acabados de colher, os dois fazem movimentos repetitivos e precisos, enquanto explicam por que os filhos não se interessam pelo campo. O casal conta que não teve escolha diante dos próprios pais. Naquela época, contam, era quase uma obrigação seguir o exemplo dos pais. E foi o que fizeram.
–“Hoje a cultura é deixar livre para escolher. Então deixamo-los caminharem com as próprias pernas. Quando dei por mim, estava sozinha” – lembra Isabel.
António é mais cético quanto à escolha dos filhos. Para ele, falta qualidade e incentivos à vida no campo. “A rentabilidade da terra diminuiu e na nossa idade a terra é cada vez mais complicada de lidar”. Os Mota acabaram por arrendar parte do terreno, para trabalharem em apenas metade da sua propriedade.
–“O campo não dá dinheiro, por isso os jovens vão-se embora" – diz António. “A nossa vila, tinha 74 agricultores em 1995, hoje tem apenas 28”.
Um seu vizinho, o agricultor Vítor Fonseca, de 64 anos, traz o rebanho de vacas leiteiras a pastar numa zona onde, em tempos, foi o campo de futebol do Clube Desportivo da vila. Os jogos semanais de futebol, que eram o lazer predileto dos homens da terra, já não existem. Faltam jogadores para formar as equipas, onde, até 1990, se disputavam torneios e campeonatos entre as comunidades da zona.
–“Agora, com o que sobrou de gente, não dá sequer para formar uma equipa. O campo de futebol já virou pastagem. Só restam as balizas para lembrar os jogos de antigamente. Não há mais lazer. Agora os homens vão-se divertindo jogando às cartas” – afirma Vitor.
Ele e a mulher, Maria Fonseca, de 64 anos, ficaram sozinhos na propriedade de 2 hectares. Com dois casais de filhos, não houve promessa que fizesse um deles permanecer lá. Para o mais novo, Tiago, de 24 anos, o pai chegou a fazer três propostas. Disse que daria algumas vacas para começar, depois aumentou a oferta. Nada que persuadisse o rapaz a aceitar.
–“Eu investi para ele estudar. Foi para Aveiro e não quer saber de voltar. Trabalha lá numa fábrica” – conta. Os filhos mais velhos, Marília, Patrícia e Renato, moram em centros urbanos.
–“Eu achava que pelo menos um fosse ficar com a gente” – diz, triste, Maria.
O casal está a vender e a desfazer-se das vacas que ainda restam. As terras, vão ser arrendadas, e os dois pensam ficar só com uma pequena parcela de terra para a sua horta, vivendo os dois apenas um para o outro, o resto da sua velhice.
Vasco Lopes da Gama


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Feliz Natal e Próspero Ano Novo

            
Feliz Natal e um Bom Ano de 2011  
Que este Natal e Ano Novo sejam mais do que confraternizações porque todos os momentos, em especial este novo ano, deverão ser iluminados, abençoados e que os 365 dias, sejam vividos na sua plenitude. Já que Natal significa NASCER, nasçamos então dia 25, para que os doze vinte e cinco dias vindouros, sejam de busca pela paz, conquista, compreensão, reflexão e prosperidade.

Um Feliz Natal e um Bom Ano Novo para todos!

Vasco Lopes da Gama


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Almoço com Deus... - Parábola humana!

Um menino queria conhecer Deus.

Sabia que teria que fazer uma grande viagem para chegar aonde Ele vive, por isso, guardou na sua maleta pastéis de chocolate e refrescos de fruta… E começou a sua viagem.

Quando tinha caminhado durante umas horas, encontrou-se com uma velhinha. Estava sentada num banco do parque, sozinha, a contemplar silenciosamente umas pombas que bicavam migalhas de pão que ela lhes atirava.

O menino sentou-se junto dela e abriu a sua maleta. Começou a beber um dos seus refrescos, quando notou que a velhinha o olhava; então, ofereceu-lhe um refresco. Ela, agradecendo, aceitou-o e sorriu. O seu sorriso era muito belo, tanto que o menino quiz vê-lo de novo; para isso, ofereceu-lhe um dos seus pastéis. De novo, ela sorriu. O menino estava encantado; e ficou, durante toda a tarde, junto dela, comendo e sorrindo, mesmo sem dizer qualquer palavra.

Quando escureceu, o menino levantou-se para ir embora. Deu alguns passos, mas logo parou; voltou atrás, correu para a velhinha e abraçou-a.

Ela, depois de o abraçar, dedicou-lhe o maior sorriso da sua vida.

Quando o menino chegou a casa, a sua mãe ficou surpreendida com o rosto de felicidade que ele manifestava. Então, perguntou-lhe: “Filho, que fizeste hoje para vires tão feliz?". O menino respondeu-lhe: "Hoje almocei com Deus!"... E, antes que sua mãe reagisse, acrescentou: “E sabes? Tem o sorriso mais belo como nunca vi!"

Entretanto, a velhinha, também radiante de felicidade, regressou a sua casa. O seu filho, ao vê-la, ficou surpreendido com a expressão de paz que se reflectia no seu rosto, e perguntou-lhe: "Mamã, que fizeste hoje que vens tão feliz?”. A velhinha respondeu-lhe: "Comi pastéis de chocolate com Deus, no parque!”. E, antes que o filho lhe respondesse, acrescentou: “E  sabes? É mais jovem do que eu pensava!".

CONCLUSÃO:
Com frequência, não damos valor à importância de um abraço, de uma palmadinha nas costas, de um sorriso sincero, de uma palavra de alento, de um ouvido que escuta, de um cumprimento sincero, ou do acto mais insignificante de preocupação amiga...

Porém, todos esses pormenores têm o mágico poder de mudar a nossa vida ou a dos outros, causando uma grande reviravolta e transmitindo felicidade.

Todas as pessoas chegam às nossas vidas por uma qualquer razão, seja apenas durante um certo tempo, ou seja para toda uma vida. Saibamos recebê-las a todas por igual!

AH! NÃO TE ESQUEÇAS DE ALMOÇAR SEMPRE COM DEUS!...


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Um abraço diz muitas coisas...

Abraços significam amor para alguém com quem realmente nos importamos.

Um abraço é algo espantoso, é a forma perfeita de mostrar o amor que sentimos, mas que as palavras não podem nem conseguem dizer.

É engraçado como um simples abraço nos faz sentir bem, qualquer que seja o lugar onde estejamos ou idioma que falemos.

Um abraço é sempre compreendido. Um abraço não precisa de equipamentos, pilhas ou baterias especiais ▬ é só abrir os braços e os corações...

Existem abraços que expressam o orgulho que se sente por alguém especial!...

Há abraços doces e ternos e há abraços que são dados em momentos de tristeza que dizem “sinto muito”, quando alguém está a passar por um momento difícil.

E não faltam também aqueles abraços perfeitos para fazer as pazes, abraços cheios de carinho, que nascem do coração...

Como vemos existem abraços para diferentes ocasiões, abraços rápidos e abraços demorados, consoante cada situação em concreto.

O abraço é milagroso  é realmente medicina muito forte. O abraço, como sinal de afetividade, de carinho e de perdão, pode ajudar-nos a viver mais tempo, protegendo-nos contra doenças, curando a depressão e fortificando os nossos laços familiares.
Por todas estas razões, o uso regular do abraço, estimula a vontade de viver, crescer e progredir.
E hoje, não resisti a reproduzir aqui um poema que acabei de receber:
Abraço
É demonstração de afecto
Carinho e muito amor
É saudade e lágrima
Mas também o calor

Abraço é amar
É querer aconchego
É sentir um amigo
Com todo o seu apego

Podemos abraçar
Uma causa uma pessoa
Abraço é abraço
É cingir e cercar
É não sentir espaço

Abraçar uma causa
É o que nos faz sentir
Que quem luta acredita
E nunca deve desistir

Abraçar uma criança
Transmitir-lhe carinho
É dizer-lhe com os braços
Que nunca estará sozinho

Abraçar um amigo
Com toda a fraternidade
É como dizer estou aqui!
Para a toda a eternidade

Abraçar um amor
Com toda a compreensão
É desatar todos os nós
E fazer um laço de união

Vamos assim abraçar
Uma criança, uma causa
Um amigo e o nosso amor?
Custa tão pouco abraçar...
Acreditem não dá dor!

Certamente concordarão que, de facto, o abraço é um excelente tónico!

Vasco Lopes da Gama

sábado, 13 de novembro de 2010

Os Seniores na Família


A família constitui a célula fundamental da sociedade, representando, desde sempre e numa dinâmica evolutiva e sempre renovada, o espaço mais importante da realização da Pessoa e da transmissão de valores e da vivência entre gerações.

Cada família cumpre a sua missão, quando lhe é possível desenvolver-se como comunidade de pessoas ligadas por afectos, compromissos e por um elo de zelo mútuo, aberta à vida, à educação dos filhos e à solidariedade entre os membros, das diversas gerações que a compõem.

Para além da pessoa individualmente considerada, é nas famílias, que se deve centrar a análise e compreensão da realidade social, os critérios de decisão, o desenvolvimento de respostas e de acções.

Somos de opinião que é a partir das famílias que se pode construir uma sociedade mais humana, mais equilibrada, mais coesa e mais solidária.

Especialmente perante o idoso, a família vem assumindo um papel importante e inovador, na medida em que o envelhecimento acelerado da população, a que estamos assistindo, é um processo recente e ainda pouco estudado pelas ciências sociais.

Caberá aos membros da família entender o idoso, no seu processo de vida e de transformações, conhecer as suas fragilidades, modificando a sua visão e atitude sobre a velhice e colaborar para que o idoso mantenha a sua posição junto do grupo familiar e da sociedade.

A família precisa de um período de adaptação para aceitar e administrar com serenidade a nova situação, de forma a respeitar as necessidades dos pais e evitar que se sintam um encargo para os filhos. Daí a importância do idoso concentrar esforços para, nos mais diversos sentidos, não se entregar à inatividade evitando o mais possível o sentimento de dependência da família, que tanto aflige o idoso.

No terceiro milénio a família está cada vez mais distanciada do modelo tradicional, no qual o idoso ocupava lugar de destaque.

Estamos a viver  um  período de transição e mudanças, onde se torna necessário o entendimento das transformações sociais e culturais que se vêm processando nas últimas décadas, para enfrentarmos o nosso próprio processo de envelhecimento, dentro de expectativas condizentes com as novas formas de organização familiar.

Uma sociedade será aquilo que forem as suas famílias, sendo que a qualidade de vida das famílias é uma importante medida do nosso viver. Assim, torna-se necessário e importante que todos nos empenhemos  num trabalho orientado para o desenvolvimento duma política de família, para os nossos dias.

Com a emancipação e inserção das mulheres no mercado de trabalho, as dificuldades económicas dos novos casais, a lotação, escassez e encarecimento de espaços seguros onde as crianças possam ficar quando os pais trabalham, a redução das famílias numerosas e alterações nas estruturas familiares, solicitaram aos avós que abdicassem da sua calma reforma a dois e passassem a assumir um papel mais activo.

Na família, os avós de hoje, mais do que os “velhinhos” queridos e pacientes que brincam, mimam, contam histórias e passeiam com os netos sempre que estes os visitam, têm um papel bem mais comprometedor na vida dos seus netos.

relação que os avós estabelecem com os netos pode proporcionar como que uma fonte de gratificação, bem-estar e prazer, ao mesmo tempo que pode proporcionar uma oportunidade para reencontrar a sua auto-estima, pela “utilidade” que lhe é atribuída, pela partilha que fazem com os netos que, principalmente pelo característico espírito curioso dos mais novos, vão solicitar a sua sabedoria para a compreensão de tudo o que os rodeia.

Numa grande maioria de situações os netos acabam por funcionar como agentes muito importantes no “combate” à solidão, sentimento que frequentemente ameaça e assusta os idosos.

No entanto, qualquer que seja a estrutura na qual se organizará a família do futuro, há a necessidade de que se mantenham os vínculos afectivos entre seus membros e os idosos. Nesta fase da vida, o que o idoso necessita é sentir-se valorizado, viver com dignidade, tranquilidade e receber a atenção e o carinho da família.

Vasco Lopes da Gama

sábado, 6 de novembro de 2010

Pensar nunca fez mal a ninguém!

Todos os homens, que são pessoas dotadas de razão e de vontade livre e por isso mesmo com responsabilidade pessoal, são levados pela própria natureza e também moralmente a procurar a verdade. (Concílio Vaticano II, Dignitatis Humanae, 2)

É neste contexto que somos levados a debruçar-nos sobre a crise e como sair da difícil situação em que o nosso país está mergulhado.
 
A retoma económica mundial, que foi possível graças a uma injecção colossal de fundos públicos no circuito económico tem-se mostrado frágil, mas real. O continente Europeu, e muito especialmente Portugal, continua em retracção. Reencontrar o caminho do crescimento económico deixou de ser a prioridade política. A Europa, e Portugal em particular, decidiram enveredar por outra via, a da luta contra os défices públicos.

Para “tranquilizar os mercados” foi improvisado um Fundo de Estabilização do euro e lançados, por toda a Europa, planos drásticos – e em regra cegos – de redução das despesas públicas. Os funcionários públicos são as primeiras vítimas, como sucede em Portugal, através duma redução dos seus salários, para além duma possível diminuição do seu número, pondo em causa alguns dos serviços públicos. Da Holanda a Portugal, passando pela França, com a actual reforma das pensões, as prestações sociais estão em vias de ser severamente amputadas. O desemprego e a precariedade do emprego vão seguramente aumentar, nos próximos anos. De um ponto de vista político e social, mas também num plano estritamente económico, poderá dizer-se que estas medidas se nos afiguram como que de alguma irresponsabilidade.

As medidas propostas, sendo inevitáveis, dada a dimensão da dívida e a desconfiança criada pelo Governo junto dos credores internacionais, não tocam no essencial da gordura do aparelho do Estado e nos interesses da oligarquia dirigente. Mas o pior é que estas medidas, pela sua própria natureza, não são sustentáveis no futuro e não é expectável que se consiga o crescimento sustentado da economia.

Estas medidas matam qualquer economia, e essa é uma razão adicional para as evitar em tempo útil, com bom senso e boa governação. Em qualquer caso, temos a vantagem de ser um pequeno país e acreditamos que as empresas portuguesas e estrangeiras a operar em Portugal poderão reunir as condições para salvar a economia portuguesa.

No entanto, para chegarmos a esse ponto, as empresas precisam de uma estratégia nacional clara e coerente, de um Estado decente e sério e de uma profunda reforma ao nível da exigência educativa. O objectivo principal dos portugueses terá de ser a subida na cadeia de valor através da inovação e de recursos humanos qualificados.

A consolidação das contas públicas parece-nos ser uma condição necessária mas não suficiente. Apenas o crescimento sustentado da economia abrirá novas perspectivas aos portugueses. Mas, neste domínio, iludiu-se, especialmente durante os últimos anos, todos os reais problemas da nossa economia através de um optimismo bacoco e inconsciente.

No entanto, apesar desta reflexão, constatamos que, tal como dizia Winston Churchil, "de vez em quando os homens tropeçam na verdade, mas a maioria deles levanta-se rapidamente e continua o seu caminho como se nada tivesse acontecido".

Vasco Lopes da Gama

domingo, 31 de outubro de 2010

Recordações duma viagem ao Alentejo (I)

Lá diz o ditado popular "recordar é viver" e, hoje, veio ao meu pensamento a recordação duma viagem que fiz ao Alentejo, em novembro de 2008.

Da calma paisagem das vastas lezírias do Ribatejo aos extensos terrenos áridos e dourados do Alentejo, a paisagem calma não é mais que uma cortina que esconde um património inimaginável.

O turista é apanhado de surpresa pelos remarcáveis traços de sucessivas culturas: dolmens e cromlens, vestígios árabes e romanos misturados com os mais recentes sinais do cristianismo, do qual os castelos medievais são claro exemplo.

O litoral da região, situado ao longo das margens do rio Tejo e dominado por Santarém, consiste em terrenos verdes e férteis, onde pastam, pacificamente, os melhores touros e cavalos. Mais para o interior estão situadas as lindas aldeias e cidades que compõem a famosa Rota dos Castelos: Nisa, Castelo de Vide, Marvão, Portalegre e Alter do Chão.

Mais para sul, os terrenos tornam-se mais secos e planos; em redor de Évora (uma das cidades mais bonitas de Portugal) estão situadas as vilas de Monsaraz, Vila Viçosa, Estremoz e Arraiolos (conhecida pelos seus tapetes feitos à mão baseados em desenhos dos séculos XVII e XVIII).

Quanto mais para sul, menos povoadas se tornam as planícies, as únicas sombras são proporcionadas pelas oliveiras e pelos carvalhos e os únicos locais frescos são as represas e barragens. Uma viagem ao Alvito, a Beja, a Serpa e a Mértola valerá sempre a pena. A costa alentejana oferece ao turista magníficas praias atlânticas. Sendo uma região com a maior amplitude térmica (desce aos 5º C ou sobe aos 33ºC), as zonas povoadas das Planícies estão muito dispersas e com vastos horizontes entre elas, onde a vida segue ao ritmo das canções regionais.

Serpa e Monsaraz foram dois dos locais que visitei com mais tempo:

Serpa - É uma localidade onde se respira a alma do baixo alentejo. Longe dos grandes centros urbanos, Serpa mantém viva uma genuínidade há muito perdida noutras paragens. Sempre presente está a boa gastronomia e o muito artesanato.
A visitar: Igreja Matriz, igrejas do Salvador e de Santa Maria. Igreja da Misericórdia.
Nos arredores: Serpa está rodeada de pequenas ermidas.

Monsaraz - Tal como em Serpa, a genuína alma alentejana está aqui bem patente. Debruçada sobre a vasta planície, a vila parece planar, perdida no tempo, enclausurada nas muralhas do castelo que a rodeia na totalidade. Um dos locais com mais carisma do nosso país.
A visitar: Porta do Buraco, Igreja Matriz, Museu da localidade.
Nos arredores: Na aldeia vizinha de Reguengos, existe um núcleo megalítico com mais de 100 dolmens e cromlens.

Mas uma viagem é muito mais do que um destino pelo que, numa viagem ao Alentejo, é indispensável saborear a sua gastronomia.

Nesta região, a comida é muito variada e saborosa. Pode escolher-se entre as enguias guisadas, a sopa de sável ou a lampreia do Tejo, os chouriços de Castelo de Vide, de Nisa, de Arronches ou de Arraiolos, ou o cabrito guisado, a lebre com feijões vermelhos e o coelho frito em azeite do Alentejo. E os deliciosos pães da região, que se podem comer com os queijos de ovelha de Serpa, de Nisa e de Évora ou com o queijo de cabra do Alandroal. Nesta região encontramos também, uma pastelaria muito variada, como os bolos "imperiais" de Almeirim, os de Évora confeccionados à base de ovos e de massa de amêndoa e os doces dos conventos de Portalegre e de Beja. Não esquecer a fruta: os melões de Almeirim e de Alpiarça são muito famosos. Prove também os vinhos de Almeirim, de Borba, de Reguengos e da Vidigueira.

Gosto de guardar quase tudo das minhas viagens, para mais tarde rever e recordar. Desta minha viagem por terras alentejanas e, em jeito de recordação, deixo-vos algumas imagens de Montemor-o-Novo, Beja, Serpa, Monsaraz e Alqueva.

Vasco Lopes da Gama

















quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Uma luz ao fundo do túnel

Ainda há poucos dias assistimos pela televisão ao salvamento dos mineiros chilenos da mina de San José.

As imagens da saída dos mineiros, especialmente as dos dois primeiros, foram momentos impressionantes e de grande emoção. Não sei que mais destacar, se a expectativa e a alegria da família dos mineiros, se o empunhar da bandeira do Chile e os gritos de "Viva ao Chile".

Perante estas imagens, dei comigo a pensar com os meus botões – e nós, portugueses, que é feito dos símbolos nacionais do nosso país?

Que me lembre, nos últimos tempos, só empunhámos a bandeira nacional por ocasião dos jogos da nossa selecção nacional de futebol.

Onde está o orgulho de ser português? Não é verdade que Portugal tem uma história verdadeiramente notável? Será que já nos esquecemos da época dos descobrimentos e do que eles significaram para Portugal e para a História Universal? E nos currículos escolares onde está a História de Portugal? Será que temos vergonha de transmitir e dar a conhecer aos nossos jovens os factos e momentos marcantes da história deste país à beira-mar plantado?  

Mas, depois das imagens do salvamento dos mineiros chilenos, os tempos de antena passaram a ser ocupados com a crise e com o orçamento de estado para 2011.

O nosso país vem atravessando um conjunto de crises que nos levam para uma das piores situações económicas de que há memória.

Portugal é uma pequena economia que se debate não só com os efeitos da crise internacional, mas também com uma crise de confiança interna potenciada pelo descalabro das finanças públicas. É por demais evidente a falta de confiança nos nossos políticos, na Justiça, na Saúde e nas Finanças.

Daí que não será de estranhar que os portugueses se vão interrogando sobre algumas questões bem reais para a sua vida e para a dos seus filhos, nomeadamente:

-A cidadania, a solidariedade e o emprego, onde estão? E as tão  propaladas excelências de actuação do Governo, onde estão? Que perspectivas de futuro podemos ter?

-E o défice e a nossa dívida pública? Quando se vai inverter a situação do nosso endividamento? Até quando vamos ter crédito? Será que as medidas de combate à crise são as verdadeiramente adequadas ao momento presente ou, pelo contrário, os nossos governantes se mostram incapazes de implementar as efectivas e reais medidas para fazer cumprir as metas do défice e combater a sério a crise económica?

Nos últimos anos temos vindo a assistir a uma decadência da economia portuguesa, quando tivemos condições para poder exponenciar o nosso crescimento, consolidando ao mesmo tempo o desenvolvimento económico e social. Foi perdida uma oportunidade na nossa história só comparável à da era dos descobrimentos, onde o ouro nos chegava nas naus proveniente do Brasil e das outras colónias. Esta real oportunidade dos nossos dias chama-se Bruxelas e União Europeia, donde tem jorrado dinheiro a peso de ouro.  

Tivemos oportunidades digamos que únicas para formar recursos humanos, modernizar o país, criar infra-estruturas, fazer reformas estruturais e fazer de Portugal um país competitivo e desenvolvido.

Portugal parece andar como que à deriva sem perspectivas de soluções efectivas.

A nossa democracia precisa urgentemente de saber escolher os melhores e os mais devotados à causa pública e não aqueles que nos são servidos numa bandeja prontos para eleições. Será através da pedagogia do exemplo de bons dirigentes que poderemos aspirar a iniciar um processo da construção de um Portugal novo onde dê gosto viver. Tal como refere Henrique Neto, para salvar a economia portuguesa, as empresas precisam de uma estratégia nacional clara e coerente, de um Estado decente e sério e duma profunda reforma ao nível da exigência educativa.

Agora encontramo-nos todos presos e expectantes quanto ao debate na Assembleia da República à volta do orçamento de estado para 2011, na esperança de que governo e oposição propiciem uma negociação séria, tendente a encontrar propostas de melhoria daquele documento e geradoras dos consensos necessários para a sua aprovação.

Se à volta do orçamento de 2011 não houver um consenso para a sua aprovação, creio que, quando conseguirmos, dificilmente, ver a luz ao fundo do túnel, ela terá assim uma cor... vermelha!

Vasco Lopes da Gama

domingo, 10 de outubro de 2010

Orçamento Familiar

A grande maioria de nós acha que sabe todas as suas contas de cabeça, puro engano. Sempre achamos que as temos de memória, mas não, muitas vezes enganamo-nos. Não nos queremos sentar, uma hora que seja, para que, de frente com a nossa realidade, podermos elaborar o nosso orçamento.

Um orçamento, em contabilidade e finanças, é a expressão das receitas e despesas relativamente a um período de execução determinado, geralmente anual, mas que também pode ser mensal, trimestral, plurianual, etc.

Para muitas pessoas o orçamento familiar é apenas anotar o que se tem para pagar no próximo mês.

O orçamento ajuda-nos a entender quais são os nossos hábitos de consumo. Definir quais são as nossas necessidades e planear todos os nossos gastos, considerando sempre o rendimento disponível, podendo ser até uma forma de começar a economizar.

A elaboração do orçamento familiar não é uma tarefa fácil, porém, é necessária para quem tem planos para o seu futuro e o da sua família.

O primeiro grande erro das famílias portuguesas, na hora de gerir o seu orçamento, é não organizar um.

Estabelecer objetivos comuns e conversar francamente sobre as finanças com a família é o caminho para que cada membro do agregado familiar se sinta comprometido com ele, contribuindo com a sua parte, ao mesmo tempo que será uma forma de garantir a estabilidade das finanças no presente, visando prevenir o futuro.

Para uma boa gestão das finanças da família também é essencial identificar as despesas desnecessárias e reduzi-las, ou mesmo eliminá-las. "De que preciso realmente? Onde posso cortar?" são perguntas que devem ser colocadas.

O primeiro passo do orçamento é identificar para onde está a ir o nosso dinheiro.

Comecemos por listar todas as nossas despesas fixas, tais como: luz, gás, água, telefone, aluguer/prestação do empréstimo da compra da casa, condomínio, transportes, prestação do automóvel, seguros, educação, alimentação, etc. 

Em seguida devemos acrescentar à lista as eventuais despesas com remédios, consertos em geral, cabeleireiro/barbeiro/instituto de beleza, oficina automóvel, lazer e férias para a família, etc. Para estas despesas, devemos reservar uma parte de nosso vencimento pois, esses gastos, muitas vezes até inesperados, não são raros.

Por vezes, pequenas despesas que parecem insignificantes no final do mês, ou mesmo no fim do ano, podem representar uma quantia considerável do orçamento.

Para garantir tranquilidade durante todo o ano, o ideal é fazer um controle rígido do orçamento familiar. Com os gastos controlados, fica mais fácil poupar dinheiro. Somadas pequenas economias, podem transformar-se num valor considerável de dinheiro, no fim do ano. Além disso, é preciso pensar várias vezes antes de decidirmos comprar. O desejo de compra dum determinado bem, pode tratar-se de uma vontade passageira, chegando-se depois à conclusão que o seu gasto poderia ter sido evitado. Quando a compra for inevitável, a palavra é regatear o preço - o que se torna mais fácil quando o pagamento é feito a pronto. Se tivermos de recorrer ao pagamento em prestações, devemos comparar cuidadosamente as taxas de juro cobradas.

Um bom conselho é não relacionar as compras somente ao dinheiro e disponibilidades financeiras daquele mês. É sempre preciso ter em mente que poderão surgir gastos extras nos meses seguintes e, portanto, devemos ter sempre uma reserva disponível.

Na verdade, a elaboração do orçamento é única forma de controlar as nossas despesas e saber exactamente para onde está a ir o nosso dinheiro.

Após elaboração deste exercício poderemos constatar por quanto tempo as despesas terão de ser orçamentadas e podermos perspectivar, caso estejamos endividados, quando poderemos dar início a um novo ciclo na nossa vida.

Mas hoje em dia poupar é coisa rara, impossível, ou pelo menos não tanto quanto gostaríamos!!!
Vasco Lopes da Gama

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Acabaram-se as férias e como elas foram curtas!

Os dias passados na praia ou no campo, a visitar museus ou a conhecer uma nova região deixam sempre saudades e uma enorme vontade de ter mais alguns dias de férias.

Após longos dias de inércia, muito sol, descanso e ar puro, eis que nos preparamos para voltar à rotina diária e o regresso ao trabalho é inevitável, por isso, o melhor que temos a fazer é consciencializarmo-nos que após umas saborosas férias chega sempre a realidade do trabalho e a vida quotidiana.

Para muitos a situação pode tornar-se deprimente, para outros, o regresso ao trabalho, pode significar uma maior dedicação, já com as ''baterias carregadas'', para projectos futuros.

Quando estamos de férias há um ambiente de menor exigência das pessoas à nossa volta, menos rigidez de horários e mais tranquilidade.


O mês de Outubro já chegou e é mesmo oficial: as férias de Verão chegaram ao fim.

A passagem para um ambiente com horários e metas a cumprir é, para algumas pessoas, causa de irritabilidade sendo o primeiro dia aquele que custa mais.

Insónias, distúrbios alimentares, apatia, irritabilidade, nervosismo, agressividade, cansaço e fadiga extrema, são apenas alguns dos sintomas com que se poderá ter de lidar no regresso de férias. É a angústia do regresso a que a ciência apelidou de síndrome pós-férias, que se pode ultrapassar depois de alguns dias, recuperando o ritmo do trabalho.

Se a postura de regresso ao trabalho não for positiva, nada correrá como se deseja. O humor alterado e a vontade constante de querer estar de novo em férias, podem influenciar o nosso trabalho. Devemos consciencializar-nos que tudo tem o seu tempo e agora é tempo de regressar ao trabalho.

A vida profissional não pede licença e impõe muitas vezes uma tensão emocional que rouba tempo e disponibilidade para aprofundar o lado afectivo durante a maior parte do ano.

A instabilidade do mercado e a necessidade dos executivos cumprirem indicadores, são as principais causas que levam muitas pessoas a prescindir dos períodos de férias. No entanto, os especialistas afirmam que o descanso e uns dias longe do trabalho são benéficos e fundamentais para manter uma postura equilibrada ao longo do ano, contribuindo para o aumento da motivação e, consequentemente, da produtividade.

Saber gerir o tempo livre é fundamental para o bem-estar físico e psíquico. Isto porque as férias não são um luxo, mas uma necessidade do organismo.

A cultura das sensações tem roubado o nosso tempo e a nossa capacidade de repousar e relaxar e, não raras vezes, nos sentimos como se voltássemos ao trabalho ainda mais cansados do que antes de partirmos.

Hoje em dia é fundamental saber aproveitar o nosso tempo de lazer, abrandar o ritmo e enfrentar com sucesso o regresso à rotina pós-férias.

É comum dizer-se que trabalhar faz bem, fundamentando-se este argumento na ideia de que o remédio definitivo para nos ajudar a ultrapassar tristezas temporárias - é o trabalho.

O regresso das férias de Verão deverá ser sempre encarado como se fosse um novo ano, muito mais que a passagem do ano, que é de um dia para o outro. As férias de Verão devem proporcionar-nos uma paragem para pensar e reformular os nossos desejos para os tempos que se avizinham.

E como os dias vão começando a ficar mais frescos e mais pequenos, já nos apetece trocar a cerveja na esplanada por um café ou um chá quentinho.

Vamos lá animar porque o Outono também tem coisas boas!

Vasco Lopes da Gama

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A CARTA DE DEUS




Você é um ser humano. É meu milagre.

E é forte, capaz, inteligente, cheio de talentos. Entusiasme-se com eles.

Encontre-se consigo mesmo. Aceite-se. Anime-se.

Pense que, a partir deste momento, pode mudar a sua vida para melhor.

Isso se assim você o quiser, se programar, se encher de entusiasmo para o alcançar.

E, sobretudo, se perceber toda a felicidade que pode conseguir, somente pelo fato de desejá-la.

Não tenha medo de começar uma vida nova.

Não se lamente nunca. Não se queixe. Não se atormente. Não se deprima.

Você está dotado de poderes desconhecidos para todas as criaturas do Universo.

Ninguém é igual a você.

Só você pode escolher o caminho da felicidade.

Eu dei-lhe os poderes de amar e de criar, de rir e de falar, da vontade e de escolher o melhor, de rezar... e ainda o poder de escolher o seu próprio destino, usando a sua vontade. Eu coloquei-o acima dos anjos.

Use sabiamente os seus poderes. Faça a opção de amar em vez de odiar. Rir e não chorar. Criar e não destruir. Escolher perseverar em vez de renunciar. Elogiar e não criticar. Dar em vez de tirar. Agir e não odiar. Bendizer e não renegar.

Escolha dar graças em vez de blasfemar.

Escolha viver em vez de morrer miseravelmente à margem da verdade...

Aprenda a sentir a minha presença em cada ato da sua vida. Cresça em cada dia com otimismo e esperança. Abandone o medo e os sentimentos negativos. Chame-me. Busque-me. Lembre-se de mim.

Vivo em si desde sempre amando-o e se você vem a mim encontrará o amor e a PAZ com que tanto sonha.

Tente tornar-se simples, inocente, generoso, doador, descubra a sua capacidade de se maravilhar com a criação e sinta-se humano...

Só você pode compreender uma lágrima ou a dor. Você pode conhecer o AMOR.

Lembre-se de que é meu milagre destinado a ser feliz, com misericórdia, com piedade, com alegria, para que este mundo, por onde você passa, seja digno de si.

E se você é meu milagre, use os seus dons, transforme a escuridão em luz, modifique o lugar onde vive, transmitindo às pessoas, esperança, alegria e otimismo e faça-o sem temor, porque, Eu estou ao seu lado!

Eu estou consigo.

DEUS.

(Autor desconhecido)