sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Almoço com Deus... - Parábola humana!

Um menino queria conhecer Deus.

Sabia que teria que fazer uma grande viagem para chegar aonde Ele vive, por isso, guardou na sua maleta pastéis de chocolate e refrescos de fruta… E começou a sua viagem.

Quando tinha caminhado durante umas horas, encontrou-se com uma velhinha. Estava sentada num banco do parque, sozinha, a contemplar silenciosamente umas pombas que bicavam migalhas de pão que ela lhes atirava.

O menino sentou-se junto dela e abriu a sua maleta. Começou a beber um dos seus refrescos, quando notou que a velhinha o olhava; então, ofereceu-lhe um refresco. Ela, agradecendo, aceitou-o e sorriu. O seu sorriso era muito belo, tanto que o menino quiz vê-lo de novo; para isso, ofereceu-lhe um dos seus pastéis. De novo, ela sorriu. O menino estava encantado; e ficou, durante toda a tarde, junto dela, comendo e sorrindo, mesmo sem dizer qualquer palavra.

Quando escureceu, o menino levantou-se para ir embora. Deu alguns passos, mas logo parou; voltou atrás, correu para a velhinha e abraçou-a.

Ela, depois de o abraçar, dedicou-lhe o maior sorriso da sua vida.

Quando o menino chegou a casa, a sua mãe ficou surpreendida com o rosto de felicidade que ele manifestava. Então, perguntou-lhe: “Filho, que fizeste hoje para vires tão feliz?". O menino respondeu-lhe: "Hoje almocei com Deus!"... E, antes que sua mãe reagisse, acrescentou: “E sabes? Tem o sorriso mais belo como nunca vi!"

Entretanto, a velhinha, também radiante de felicidade, regressou a sua casa. O seu filho, ao vê-la, ficou surpreendido com a expressão de paz que se reflectia no seu rosto, e perguntou-lhe: "Mamã, que fizeste hoje que vens tão feliz?”. A velhinha respondeu-lhe: "Comi pastéis de chocolate com Deus, no parque!”. E, antes que o filho lhe respondesse, acrescentou: “E  sabes? É mais jovem do que eu pensava!".

CONCLUSÃO:
Com frequência, não damos valor à importância de um abraço, de uma palmadinha nas costas, de um sorriso sincero, de uma palavra de alento, de um ouvido que escuta, de um cumprimento sincero, ou do acto mais insignificante de preocupação amiga...

Porém, todos esses pormenores têm o mágico poder de mudar a nossa vida ou a dos outros, causando uma grande reviravolta e transmitindo felicidade.

Todas as pessoas chegam às nossas vidas por uma qualquer razão, seja apenas durante um certo tempo, ou seja para toda uma vida. Saibamos recebê-las a todas por igual!

AH! NÃO TE ESQUEÇAS DE ALMOÇAR SEMPRE COM DEUS!...


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Um abraço diz muitas coisas...

Abraços significam amor para alguém com quem realmente nos importamos.

Um abraço é algo espantoso, é a forma perfeita de mostrar o amor que sentimos, mas que as palavras não podem nem conseguem dizer.

É engraçado como um simples abraço nos faz sentir bem, qualquer que seja o lugar onde estejamos ou idioma que falemos.

Um abraço é sempre compreendido. Um abraço não precisa de equipamentos, pilhas ou baterias especiais ▬ é só abrir os braços e os corações...

Existem abraços que expressam o orgulho que se sente por alguém especial!...

Há abraços doces e ternos e há abraços que são dados em momentos de tristeza que dizem “sinto muito”, quando alguém está a passar por um momento difícil.

E não faltam também aqueles abraços perfeitos para fazer as pazes, abraços cheios de carinho, que nascem do coração...

Como vemos existem abraços para diferentes ocasiões, abraços rápidos e abraços demorados, consoante cada situação em concreto.

O abraço é milagroso  é realmente medicina muito forte. O abraço, como sinal de afetividade, de carinho e de perdão, pode ajudar-nos a viver mais tempo, protegendo-nos contra doenças, curando a depressão e fortificando os nossos laços familiares.
Por todas estas razões, o uso regular do abraço, estimula a vontade de viver, crescer e progredir.
E hoje, não resisti a reproduzir aqui um poema que acabei de receber:
Abraço
É demonstração de afecto
Carinho e muito amor
É saudade e lágrima
Mas também o calor

Abraço é amar
É querer aconchego
É sentir um amigo
Com todo o seu apego

Podemos abraçar
Uma causa uma pessoa
Abraço é abraço
É cingir e cercar
É não sentir espaço

Abraçar uma causa
É o que nos faz sentir
Que quem luta acredita
E nunca deve desistir

Abraçar uma criança
Transmitir-lhe carinho
É dizer-lhe com os braços
Que nunca estará sozinho

Abraçar um amigo
Com toda a fraternidade
É como dizer estou aqui!
Para a toda a eternidade

Abraçar um amor
Com toda a compreensão
É desatar todos os nós
E fazer um laço de união

Vamos assim abraçar
Uma criança, uma causa
Um amigo e o nosso amor?
Custa tão pouco abraçar...
Acreditem não dá dor!

Certamente concordarão que, de facto, o abraço é um excelente tónico!

Vasco Lopes da Gama

sábado, 13 de novembro de 2010

Os Seniores na Família


A família constitui a célula fundamental da sociedade, representando, desde sempre e numa dinâmica evolutiva e sempre renovada, o espaço mais importante da realização da Pessoa e da transmissão de valores e da vivência entre gerações.

Cada família cumpre a sua missão, quando lhe é possível desenvolver-se como comunidade de pessoas ligadas por afectos, compromissos e por um elo de zelo mútuo, aberta à vida, à educação dos filhos e à solidariedade entre os membros, das diversas gerações que a compõem.

Para além da pessoa individualmente considerada, é nas famílias, que se deve centrar a análise e compreensão da realidade social, os critérios de decisão, o desenvolvimento de respostas e de acções.

Somos de opinião que é a partir das famílias que se pode construir uma sociedade mais humana, mais equilibrada, mais coesa e mais solidária.

Especialmente perante o idoso, a família vem assumindo um papel importante e inovador, na medida em que o envelhecimento acelerado da população, a que estamos assistindo, é um processo recente e ainda pouco estudado pelas ciências sociais.

Caberá aos membros da família entender o idoso, no seu processo de vida e de transformações, conhecer as suas fragilidades, modificando a sua visão e atitude sobre a velhice e colaborar para que o idoso mantenha a sua posição junto do grupo familiar e da sociedade.

A família precisa de um período de adaptação para aceitar e administrar com serenidade a nova situação, de forma a respeitar as necessidades dos pais e evitar que se sintam um encargo para os filhos. Daí a importância do idoso concentrar esforços para, nos mais diversos sentidos, não se entregar à inatividade evitando o mais possível o sentimento de dependência da família, que tanto aflige o idoso.

No terceiro milénio a família está cada vez mais distanciada do modelo tradicional, no qual o idoso ocupava lugar de destaque.

Estamos a viver  um  período de transição e mudanças, onde se torna necessário o entendimento das transformações sociais e culturais que se vêm processando nas últimas décadas, para enfrentarmos o nosso próprio processo de envelhecimento, dentro de expectativas condizentes com as novas formas de organização familiar.

Uma sociedade será aquilo que forem as suas famílias, sendo que a qualidade de vida das famílias é uma importante medida do nosso viver. Assim, torna-se necessário e importante que todos nos empenhemos  num trabalho orientado para o desenvolvimento duma política de família, para os nossos dias.

Com a emancipação e inserção das mulheres no mercado de trabalho, as dificuldades económicas dos novos casais, a lotação, escassez e encarecimento de espaços seguros onde as crianças possam ficar quando os pais trabalham, a redução das famílias numerosas e alterações nas estruturas familiares, solicitaram aos avós que abdicassem da sua calma reforma a dois e passassem a assumir um papel mais activo.

Na família, os avós de hoje, mais do que os “velhinhos” queridos e pacientes que brincam, mimam, contam histórias e passeiam com os netos sempre que estes os visitam, têm um papel bem mais comprometedor na vida dos seus netos.

relação que os avós estabelecem com os netos pode proporcionar como que uma fonte de gratificação, bem-estar e prazer, ao mesmo tempo que pode proporcionar uma oportunidade para reencontrar a sua auto-estima, pela “utilidade” que lhe é atribuída, pela partilha que fazem com os netos que, principalmente pelo característico espírito curioso dos mais novos, vão solicitar a sua sabedoria para a compreensão de tudo o que os rodeia.

Numa grande maioria de situações os netos acabam por funcionar como agentes muito importantes no “combate” à solidão, sentimento que frequentemente ameaça e assusta os idosos.

No entanto, qualquer que seja a estrutura na qual se organizará a família do futuro, há a necessidade de que se mantenham os vínculos afectivos entre seus membros e os idosos. Nesta fase da vida, o que o idoso necessita é sentir-se valorizado, viver com dignidade, tranquilidade e receber a atenção e o carinho da família.

Vasco Lopes da Gama

sábado, 6 de novembro de 2010

Pensar nunca fez mal a ninguém!

Todos os homens, que são pessoas dotadas de razão e de vontade livre e por isso mesmo com responsabilidade pessoal, são levados pela própria natureza e também moralmente a procurar a verdade. (Concílio Vaticano II, Dignitatis Humanae, 2)

É neste contexto que somos levados a debruçar-nos sobre a crise e como sair da difícil situação em que o nosso país está mergulhado.
 
A retoma económica mundial, que foi possível graças a uma injecção colossal de fundos públicos no circuito económico tem-se mostrado frágil, mas real. O continente Europeu, e muito especialmente Portugal, continua em retracção. Reencontrar o caminho do crescimento económico deixou de ser a prioridade política. A Europa, e Portugal em particular, decidiram enveredar por outra via, a da luta contra os défices públicos.

Para “tranquilizar os mercados” foi improvisado um Fundo de Estabilização do euro e lançados, por toda a Europa, planos drásticos – e em regra cegos – de redução das despesas públicas. Os funcionários públicos são as primeiras vítimas, como sucede em Portugal, através duma redução dos seus salários, para além duma possível diminuição do seu número, pondo em causa alguns dos serviços públicos. Da Holanda a Portugal, passando pela França, com a actual reforma das pensões, as prestações sociais estão em vias de ser severamente amputadas. O desemprego e a precariedade do emprego vão seguramente aumentar, nos próximos anos. De um ponto de vista político e social, mas também num plano estritamente económico, poderá dizer-se que estas medidas se nos afiguram como que de alguma irresponsabilidade.

As medidas propostas, sendo inevitáveis, dada a dimensão da dívida e a desconfiança criada pelo Governo junto dos credores internacionais, não tocam no essencial da gordura do aparelho do Estado e nos interesses da oligarquia dirigente. Mas o pior é que estas medidas, pela sua própria natureza, não são sustentáveis no futuro e não é expectável que se consiga o crescimento sustentado da economia.

Estas medidas matam qualquer economia, e essa é uma razão adicional para as evitar em tempo útil, com bom senso e boa governação. Em qualquer caso, temos a vantagem de ser um pequeno país e acreditamos que as empresas portuguesas e estrangeiras a operar em Portugal poderão reunir as condições para salvar a economia portuguesa.

No entanto, para chegarmos a esse ponto, as empresas precisam de uma estratégia nacional clara e coerente, de um Estado decente e sério e de uma profunda reforma ao nível da exigência educativa. O objectivo principal dos portugueses terá de ser a subida na cadeia de valor através da inovação e de recursos humanos qualificados.

A consolidação das contas públicas parece-nos ser uma condição necessária mas não suficiente. Apenas o crescimento sustentado da economia abrirá novas perspectivas aos portugueses. Mas, neste domínio, iludiu-se, especialmente durante os últimos anos, todos os reais problemas da nossa economia através de um optimismo bacoco e inconsciente.

No entanto, apesar desta reflexão, constatamos que, tal como dizia Winston Churchil, "de vez em quando os homens tropeçam na verdade, mas a maioria deles levanta-se rapidamente e continua o seu caminho como se nada tivesse acontecido".

Vasco Lopes da Gama