Ir a Grécia e não fazer um cruzeiro é como ir a Roma e não ver o
Papa.
Alguns de nós estávamos entusiasmados com a ideia de desbravar o
Mar Egeu.
Neste quinto dia de estadia na Grécia fomos conhecer as ilhas de
Hydra, Poros e Egina, nesta ordem. E depois? Depois voltámos para Atenas para
dormir no conforto do nosso hotel. É um mini-cruzeiro de um só dia!
São as famosas Ilhas do Golfo Sarónico e o passeio serve de
amostra do que a Grécia insular (a parte do país formada por ilhas) tem para
oferecer. Uma escapadinha divertida e que 90% dos turistas estrangeiros
aproveitam.
São ilhas muito utilizadas também como destino de veraneio pelos
atenienses, dada a proximidade, a facilidade de transporte e a grande oferta de
imóveis para alugar.
Falando agora sobre o nosso
cruzeiro podemos começar por referir que os navios utilizados não são aqueles
transatlânticos que vêm à nossa mente quando falamos de um cruzeiro. Trata-se
de um barco com vários ambientes: barzinho, restaurante e decks externos para melhor
podermos apreciar a paisagem.
Na programação a bordo tivemos apresentações e atuações
de música típica e dançarinos, para nos distrair nos percursos mais longos da
viagem.
A Ilha de Hydra foi a primeira a ser visitada. Esta é a minha
preferida. Não sei se é por causa das águas transparentes batendo nas rochas ao
lado do porto … ou talvez pelo museu histórico com os seus canhões observando o
azul indescritível daquele mar. Pode ser também por causa das casinhas brancas que sempre povoaram a minha imaginação, sobre como a Grécia deveria ser.
As coisas lá em Hydra são carregadas no lombo de burricos, pois
ali não circulam carros. Um verdadeiro encanto e fascinio.
Após o regresso ao nosso barco continuámos o nosso cruzeiro rumo
à Ilha de Poros. Durante este percurso foi servido o almoço.
Atracados à Ilha de Poros, descemos e tivemos algum tempo livre
para passear. Casinhas brancas, dezenas de igrejinhas e o belo mar com uma cor
indescritível. Tudo quanto ao que imaginávamos sobre as ilhas gregas materializava-se
ali mesmo, aos nossos olhos.
O programa nesta ilha era caminhar pelas ruelas antigas e sentir
um pouco dum país que ainda vive de pesca, oliveiras e artesanato. Mas, o que
verdadeiramente nos impressiona, é imaginar como eles conseguem manter a sua
autenticidade mesmo com os milhões de turistas que todos os dias ali aportam,
vindos do mundo todo.
De regresso ao cais embarcámos para reiniciarmos a nossa viagem,
agora rumo à Ilha de Egina (ou Aegina).
Das três esta é a maior das ilhas, tem estradas e várias praias
inclusive. O cruzeiro proporcionava algumas opções de passeio extra, que alguns
dos elementos do nosso grupo aproveitaram para fazer e que acharam interessantes.
É a pátria dos pistaches, são um dos maiores produtores do
mundo, para além de também aqui podermos apreciar o verde das oliveiras.
Ainda nesta ilha podemos admirar um dos mais lindos e
preservados templos dóricos de toda a viagem, em homenagem a Afaia, que é uma
das versões da deusa Atena.
Depois de passarmos o resto da tarde na Ilha de Egina (ou
Aegina), voltámos em segurança para o Porto de Pireus, regressando
tranquilamente ao nosso hotel no centro de Atenas.
Relativamente
a este cruzeiro e em termos duma avaliação global, para além dos momentos de
descontração, confraternização e saudável convívio entre todos os elementos do
nosso grupo, poderemos destacar os belos lugares visitados, as lindas paisagens,
um mar azul de encantar e regalar os olhos, a diversão a bordo … ou seja, em
resumo e numa palavra ─ aprovado!
Vasco Lopes da Gama
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