sábado, 21 de dezembro de 2013

Abraço de Natal

Abraço...

É demonstração de afecto
Carinho e muito amor

É saudade e lágrima
Mas também o calor

Abraço é amar
É querer aconchego
É sentir um amigo
Com todo o seu apego

Podemos abraçar
Uma causa uma pessoa
Abraço é abraço
É cingir e cercar
É não sentir espaço

Abraçar uma causa

É o que nos faz sentir
Que quem luta acredita
E nunca deve desistir

Abraçar uma criança
Transmitir-lhe carinho
É dizer-lhe com os braços
Que nunca estará sozinho

Abraçar um amigo
Com toda a fraternidade
É como dizer estou aqui!
Para a toda a eternidade

Abraçar um amor
Com toda a compreensão
É desatar todos os nós
É fazer um laço de união

Vamos assim abraçar
Uma criança, uma causa
Um amigo e o nosso amor?
Custa tão pouco abraçar... 

Acreditem não dá dor!


(Retirado da Internet)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SER IDOSO HOJE, SER IDOSO ONTEM

A Organização Mundial da Saúde (OMS) chama a atenção para o aumento do número de pessoas com mais de 60 anos. Em 2050 haverá 2 mil milhões de idosos no mundo, anuncia a "OMS".

A população mundial está a envelhecer rapidamente. Em poucos anos, já haverá no mundo mais pessoas acima dos 60 anos do que crianças menores de cinco.

Muitas pessoas ainda acreditam que isso só diga respeito aos países ricos e que seja uma preocupação restrita à Europa e ao Japão. Mas isso não é verdade.

Em 2050, haverá 2 mil milhões de pessoas idosas no mundo, e 80% delas viverão em países que atualmente classificamos como emergentes ou em desenvolvimento.

Na verdade, a notícia pode ser considerada boa, pois significa que a expectativa de vida e o bem-estar da população estão a aumentar em termos globais. Entretanto, a idade avançada é, duma maneira geral, vista como um efeito colateral do desenvolvimento sócio-económico.

No passado, sempre se falava no prolongamento da vida por alguns anos. Isso é verdade, e os países estão a conseguir enormes progressos nesse sentido.

Porém, envelhecer não basta, é preciso dar um passo em frente. É preciso preencher os anos adicionais com qualidade de vida. As pessoas de todo o mundo têm o direito de envelhecer com boa saúde.

Em todo o mundo, os idosos morrem hoje das mesmas doenças. As causas de morte e invalidez mais comuns são doenças não infecciosas. O que mais nos preocupa hoje são as doenças cardiovasculares, os acidentes vasculares, a demência e as infecções respiratórias. O tratamento de tais problemas de saúde é geralmente simples e barato.

Muitas das doenças podem ser evitadas por um estilo de vida saudável. Nos países em desenvolvimento morrem quatro vezes mais pessoas das chamadas "doenças do estilo de vida" do que nos países ricos. A razão é a falta de cuidados médicos básicos.

O envelhecimento populacional é um fenómeno novo na humanidade. Devido ao declínio da mortalidade, vacinações sistemáticas, saneamento básico e, principalmente, aos avanços da medicina as pessoas vivem cada vez mais anos. 

Através de todo o mundo, hoje, os velhos são a parcela da população que mais cresce. Por exemplo, no Brasil, em 2050, um em cada quatro brasileiros será idoso.

Hoje é cada vez maior o número de pessoas com 80, 90, 100 anos. E já se fala até de uma "Quarta Idade"!

Com o crescente envelhecimento da população, é preciso repensar o conceito de saúde. Para muitas pessoas, saúde é não estar doente, porém a Organização Mundial de Saúde (OMS) define-a de uma forma mais ampla: "saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doença". Pensando em mobilizar toda a sociedade para promoção da saúde, a OMS produziu o documento "Envelhecimento Saudável", onde aborda medidas para promover um envelhecimento ativo e saudável buscando uma melhor qualidade de vida na terceira idade.

Mas o que é um idoso saudável? É uma pessoa que não possui doença? Não. É aquele que consegue manter a sua autonomia (capacidade de gerir a própria vida e de tomar decisões) e sua independência (capacidade de realizar atividades sem ajuda).

O equilíbrio entre saúde física e mental, independência nas atividades de vida diária e nas atividades instrumentais, integração social e o suporte familiar relacionam-se com o bem-estar na terceira idade.

O envelhecimento ativo e saudável busca oferecer qualidade de vida através da alimentação adequada e balanceada, prática regular de exercício físico, convivência social, busca de atividades que dêem prazer, que diminuam o stress, que reduzam os efeitos decorrentes do consumo de álcool e tabaco, assim como da automedicação.

A população ainda possui uma antiga visão sobre os idosos que precisa ser modificada. O idoso dos dias de hoje já não é uma pessoa frágil, incapaz e dependente. Ele é cada vez mais participativo na vida social, merecendo todas as oportunidades de viver bem e com saúde. Manter o idoso ativo e saudável é um grande desafio que depende do próprio, das diretivas políticas e governamentais e de toda a sociedade. 

É neste contexto que se deve equacionar a questão “o idoso de ontem e o idoso de hoje”.

Envelhecer é ficar mais velho, ser mais experiente, amadurecer.

Duma maneira geral a um idoso compete ser experiente perante a sociedade, ser o mais velho muitas vezes, é também ser amadurecido. Porém o amadurecer do idoso nos dias de hoje pode ser muito diferente  daquele amadurecer de antigamente, mais ainda quando se analisa as diferenças no âmbito da atividade física.

Para compreender a diferença entre a vida do idoso ontem e hoje é necessário entender que os idosos de hoje estão em maior evidência que os idosos de ontem. Nos dias de hoje, os idosos são fruto de pesquisas, elaboração de produtos especiais só para eles, criação de programas especiais em todas as formas de marketing comercial e cada vez mais na medicina se buscam formas de encontrar - a fórmula da longevidade. 

A saída das zonas rurais para os grandes centros trouxe grande diferença entre os novos idosos e os velhos idosos. Os idosos de antigamente tinham uma vida no campo regrada por um contexto de trabalho árduo, um convívio mais próximo das atividades com a terra, longas caminhadas, desportos que não lhes ofereciam muita segurança quanto a lesões, nadar em rios, pescar, entre outras atividades. Isto leva-nos a pensar que tais atividades são boas, naturais e que proporcionam uma vida saudável!

Mas em relação à população de antigamente, vemos que esta não teve uma vida tão longa como encontramos nos dias de hoje e a qualidade de vida não era tão plena como a que há atualmente.

Os idosos hoje vivem mais, isso é um facto. Os avanços tecnológicos e médicos, o aumento dos profissionais de saúde e das atividades comerciais de saúde viradas para a terceira idade são alguns fatores que colaboram para o aumento da longevidade dos idosos.

Os avanços médicos são importantes, pois quanto mais a medicina avança, melhores serão os tratamentos para evitar as doenças e assim amenizar os efeitos do envelhecimento.

Os idosos de antigamente tiveram a sua época e vivências comuns ao seu tempo. As suas práticas físicas eram mais naturais, porém os meios que estes utilizavam, muitas vezes, comprometiam o seu corpo e a longevidade passava distante da que temos hoje. Assim, é espectável que a evolução continue e, por meio de práticas saudáveis, possamos vir a ter pessoas com maior longevidade e, possivelmente, chegarem até aos 150 anos.

Hoje aprendemos que a palavra “idoso” não é sinónimo de luto, de tristeza, de solidão e de limitações físicas.

O idoso hoje em dia deve procurar ter um "envelhecimento ativo". Uma forma, entre outras, do idoso se poder manter ativo é optar por procurar envolver-se num compromisso de co-responsabilização social desenvolvendo atividades, por exemplo, na área do voluntariado, procurando contribuir para a felicidade dos outros, ou de alguém. Todos nós devemos ser capazes de contribuir para o bem da humanidade e, desta forma, mudar o mundo.

Uma outra hipótese que se oferece aos idosos aposentados interessados é ​​a oportunidade de poderem transmitir as suas experiências profissionais e conhecimentos para outros, tanto no nosso país como no estrangeiro, trabalhando de forma voluntária como ”Especialista Sénior”, ajudando a formar  os trabalhadores especializados e o pessoal de gestão. Duma maneira geral, o desenvolvimento da atividade destes “Especialistas Seniores”, deverá ser, principalmente, direcionada para apoiar pequenas e médias empresas, instituições públicas, autarquias, estabelecimentos de ensino e organizações.

Por tudo o que foi dito estamos perante uma geração de pessoas que, por incrível que pareça, jamais se deixarão envelhecer. Ainda hoje não deixam de se enamorar, abraçar, experimentar, dançar, cantar, transmitir conhecimentos e vivências. Ousam ficar bonitos. Não se entregam à saudade. Não dão fôlego à solidão. Uma suave energia se restaura, com a sua cumplicidade ao longo dos anos, fruto de uma convivência que faz mais digna a vida. O prazer de dividir. O fortalecimento nas dificuldades. A emoção dos momentos felizes. O respeito à individualidade. O abraço dos amigos. A admiração mútua.  A sagrada família. Os adoráveis filhos. A magia encantadora dos netos.

Quem de nós não guarda, como num relicário, todas estas coisas que tocam nossa vida?

Idosa é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência - sendo uma porta entre o passado e o futuro e é no presente que os dois se encontram.

Enquanto o idoso tem os seus olhos postos no horizonte, de onde o sol desponta e a esperança se ilumina, o velho tem a sua miopia voltada para os tempos que passaram.

O idoso tem planos, o velho tem saudades.

O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperança. Para ele o tempo passa rápido e a velhice nunca chega.

Em suma, o idoso e o velho são duas pessoas que até podem ter, no registo civil, a mesma idade cronológica, mas o que têm são idades diferentes no coração!
Vasco Lopes da Gama

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Cinco Quadras do António Aleixo

"Só os burros estão dispostos a sofrer sem protestar! ", in António Aleixo
Estátua de António Aleixo
   
   Sempre actual, este senhor!
  
   Acho uma moral ruim
    trazer o vulgo enganado:
    mandarem fazer assim
    e eles fazerem assado.

    Sou um dos membros malditos
    dessa falsa sociedade
    que, baseada nos mitos,
    pode roubar à vontade.

    Esses por quem não te interessas
    produzem quanto consomes:
    v
ivem das tuas promessas
    ganhando o pão que tu comes.

                                                                  
                                             Não me dêem mais desgostos
                                                                  porque sei raciocinar...
                                                                  Só os burros estão dispostos
                                                                  a sofrer sem protestar!

                                                                  Esta mascarada enorme
                                                                  com que o mundo nos aldraba,
                                                                  dura enquanto o povo dorme,
                                                                  quando ele acordar, acaba.

      António Aleixo

sábado, 2 de novembro de 2013

O costume do Magusto

O costume do Magusto começava tradicionalmente no Dia de Todos-os-Santos. A sua comemoração coincide com a chegada do Outono. É um ritual de origem religiosa - o dia do Santo Bispo de Tours - França (São Martinho). 

De facto, o Magusto, é uma festa popular onde a castanha é a rainha da celebração. Historicamente está associado à abertura e prova do vinho que foi feito em Setembro. A água pé é o resultado da água lançada sobre o bagaço da uva, donde se retirava o pouco de mosto que aí se mantinha. Esta bebida pode ser consumida em plena fermentação ou, depois disso, adicionando-lhe álcool. Daí o ditado popular - "no dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho". 

Em Portugal, o Outono e a chegada do tempo frio são comemorados no dia 11 de Novembro - Dia de São Martinho. Neste dia, um pouco por todo o país, assam-se castanhas, bebe-se vinho novo e água pé. Familiares e amigos reúnem-se à volta de uma fogueira ao ar livre, onde se assam as castanhas. Cantigas, conversas e brincadeiras são a nota dominante da reunião.

Com o São Martinho e com o Magusto celebra-se também a aproximação da época natalícia e, mais uma vez, a sabedoria popular criou mais um esclarecedor ditado - "dos Santos até ao Natal, é um saltinho de pardal!".

Vasco Lopes da Gama

sábado, 26 de outubro de 2013

O meu filho também é socialista!

Não sei se são só os meus filhos que  são  socialistas  ou se são todas as crianças  que sofrem do mesmo mal. Mas tenho a certeza do que falo, em relação aos meus.

E nada disto é deformação educacional – eles têm sido insistentemente educados no sentido inverso. Mas a natureza das criaturas resiste à benéfica influência paternal como a aldeia do Astérix resistiu culturalmente aos romanos. Os garotos são estóicos e defendem com resistência a bandeira marxista sem fazerem ideia de quem é o senhor.

Ora o primeiro sintoma desta deformação ideológica tem que ver com os direitos. Os meus filhos só têm direitos. Direitos materiais, emocionais, futuros, ambíguos e todos eles adquiridos.

É tudo, absolutamente tudo, adquirido. Eles dão como adquirido o divertimento, as férias, a boleia para a escola, a escola, os ténis novos, o computador, a roupinha lavada, a televisão e até eu. Deveres, não têm nenhum.

Quanto muito lavam um prato por dia e puxam o edredão da cama para cima, pouco mais. 

Vivem literalmente de mão estendida sem qualquer vergonha ou humildade. Na cabecinha socialista deles não existe o conceito de bem comum, só o bem deles. Muito, muito deles.

segundo sintoma tem que ver com o aparecimento desses direitos. Como aparecem esses direitos? Não sabem. Sabem que basta abrirem a torneira que a água vem quente, que dentro do frigorífico está invariavelmente leite fresquinho, que os livros da escola aparecem forradinhos todos os anos, que o carro tem sempre gasolina e que o dinheiro nasce na parede onde estão as máquinas de multibanco. A única diferença entre eles e os socialistas com cartão de militante é que, justiça seja feita, estes últimos já não acreditam na parede – são os bancos que imprimem dinheiro e pronto, ele nunca falta.

Outro sintoma alarmante é a visão de futuro. O futuro para os meus filhos é qualquer coisa que se vai passar logo à noite, o mais tardar. Eles não vão mais longe do que isto. Na sua cabecinha, não há planeamento, só gastamento, só o imediato. Se há, come-se, gasta-se, esgota-se, e depois logo se vê. Poupar não é com eles. Um saco de gomas ou uma caixa de chocolates deixada no meio da sala da minha casa tem o mesmo destino que um crédito de milhões endereçado ao Largo do Rato: acaba tudo no esgoto. E não foi ninguém...

quarto tique socialista das minhas crianças é estarem convictas de que nada depende delas. Como são só crianças, acham que nada do que fazem tem importância ou consequências. Ora esta visão do mundo e da vida faz com que os meus filhos achem que podem fazer todo o tipo de asneiras, que alguém irá depois apanhar os cacos. Eles ficam de castigo é certo (mais ou menos a mesma coisa que perder eleições), mas quem apanha os cacos sou eu. Os meus filhos nasceram desresponsabilizados. A responsabilidade é sempre de outro qualquer: o outro que paga, o outro que assina, o outro que limpa. No caso dos meus filhos, o outro sou eu, no caso dos socialistas encartados o outro é o governo seguinte.

Por fim, o último mas não menos aterrorizador sintoma muito socialista dos meus filhos é a inveja: eles não podem ver nada que já querem. Acham que têm de ter tudo o que o do lado tem, quer mereçam quer não. São autênticos novos-ricos sem cheta. Acham que todos temos de ter o mesmo e, se não dá para repartir, ninguém tem. Ou comem todos ou não come nenhum. Senão vão à luta. Eu não posso dar mais dinheiro a um do que a outro ou tenho o mesmo destino que Nicolau II. Mesmo que um ajude mais que outro e tenha melhores notas, a "cultura democrática" em minha casa não permite essa diferenciação. Os meus filhos chamam a esta inveja disfarçada, justiça, os socialistas deram-lhe o nome de justiça social.

Autoria: Inês Teotónio Pereira (i-online, 2013-05-11)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Análise Pertinente!

Isto não deixa de ser a opinião de uma pessoa… Mas é capaz de ser oportuna e até pertinente…

Leiam… analisem e depois tirem as vossas conclusões!...

ANÁLISE PERTINENTE

Kuing Yamang

Opinião de um professor chinês de economia, sobre a Europa 
do Prof. Kuing Yamang, que viveu em França


 
1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas , ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV! Vivem, portanto, bem acima dos seus meios, porque é preciso pagar estes sonhos ...


2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.

3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar 'a conta'.

4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.

5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos 'sangram' os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.

6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando, mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.

7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!

8. Dentro de uma ou duas gerações, 'nós' (chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacos de arroz...

9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado...

10. (Os europeus) vão directos a um muro e a alta velocidade...

Texto retirado da Internet: "Comentários de um Chinês sobre a crise da Europa..."(Prof. Kuing Yamang)

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Idoso!!!

Eu nunca trocaria os meus amigos surpreendentes, a minha vida maravilhosa, a minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.  Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo.  Eu tornei-me o meu próprio amigo...  Eu não me censuro por comer um cozido à portuguesa ou uns biscoitos extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo supérfluo que não precisava.  Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante? e livre.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai censurar-me se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até ao meio-dia?  Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 e 70, e se eu, ao mesmo tempo,  desejo  chorar por um amor perdido ...  Eu vou.

Vou andar na praia com um calção excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer.

Eu sei que às vezes me esqueço de algumas coisas. Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos o meu coração foi quebrado.  Como não pode quebrar o seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro?  Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão.  Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude  gravados para sempre em sulcos profundos no meu rosto.

Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos ficarem prata.

Conforme envelhecemos, é mais fácil sermos positivos.  Preocupamo-nos menos com o que os outros pensam.  Eu não me questiono mais.

Eu ganhei o direito de estar errado. Assim, eu gosto de ser idoso. A idade libertou-me.  

Gosto da pessoa em que me tornei.  Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou preocupar-me com o que serei.  E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer)!


Texto retirado da Internet  
(É pena não saber o autor. Creio que somos todos nós retocando-o aqui e ali)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A Indústria dos Incêndios

Pela oportunidade do tema vale a pena ler.... e refletir! – (Artigo escrito por José Gomes Ferreira).

A evidência salta aos olhos: o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda. Há uma verdadeira indústria dos incêndios em Portugal. Há muita gente a beneficiar, directa ou indirectamente, da terra queimada.

Oficialmente, continua a correr a versão de que não há motivações económicas para a maioria dos incêndios. 

Oficialmente continua a ser dito que as ocorrências se devem a negligência ou ao simples prazer de ver o fogo. A maioria dos incendiários seriam pessoas mentalmente diminuídas.

Mas a tragédia não acontece por acaso. Vejamos:

1 - Porque é que o combate aéreo aos incêndios em Portugal é TOTALMENTE concessionado a empresas privadas, ao contrário do que acontece noutros países europeus da orla mediterrânica?

Porque é que os testemunhos populares sobre o início de incêndios em várias frentes imediatamente após a passagem de aeronaves continuam sem investigação após tantos anos de ocorrências?

Porque é que o Estado tem 700 milhões de euros para comprar dois submarinos e não tem metade dessa verba para comprar uma dúzia de aviões Cannadair?

Porque é que há pilotos da Força Aérea formados para combater incêndios e que passam o Verão desocupados nos quartéis?

Porque é que as Forças Armadas encomendaram novos helicópteros sem estarem adaptados ao combate a incêndios? Pode o país dar-se a esse luxo?

2 - A maior parte da madeira usada pelas celuloses para produzir pasta de papel pode ser utilizada após a passagem do fogo sem grandes perdas de qualidade. No entanto, os madeireiros pagam um terço do valor aos produtores florestais. Quem ganha com o negócio? Há poucas semanas foi detido mais um madeireiro intermediário na Zona Centro, por suspeita de fogo posto. Estranhamente, as autoridades continuam a dizer que não há motivações económicas nos incêndios...

3 - Se as autoridades não conhecem casos, muitos jornalistas deste país, sobretudo os que se especializaram na área do ambiente, podem indicar terrenos onde se registaram incêndios há poucos anos e que já estão urbanizados ou em vias de o ser, contra o que diz a lei.

4 - À redacção da SIC e de outros órgãos de informação chegaram cartas e telefonemas anónimos do seguinte teor: "enquanto houver reservas de caça associativa e turística em Portugal, o país vai continuar a arder". Uma clara vingança de quem não quer pagar para caçar nestes espaços e pretende o regresso ao regime livre.

5 - Infelizmente, no Norte e Centro do país ainda continua a haver incêndios provocados para que nas primeiras chuvas os rebentos da vegetação sejam mais tenros e atractivos para os rebanhos. Os comandantes de bombeiros destas zonas conhecem bem esta realidade.

Há cerca de um ano e meio, o então ministro da Agricultura quis fazer um acordo com as direcções das três televisões generalistas em Portugal, no sentido de ser evitada a transmissão de muitas imagens de incêndios durante o Verão. O argumento era que, quanto mais fogo viam no ecrã, mais os incendiários se sentiam motivados a praticar o crime...

Participei nessa reunião. Claro que o acordo não foi aceite, mas pessoalmente senti-me indignado. Como era possível que houvesse tantos cidadãos deste país a perder o rendimento da floresta - e até as habitações - e o poder político estivesse preocupado apenas com um aspecto perfeitamente marginal?

Estranhamente, voltamos a ser confrontados com sugestões de responsáveis da administração pública no sentido de se evitar a exibição de imagens de todos os incêndios que assolam o país.

Há uma indústria dos incêndios em Portugal, cujos agentes não obedecem a uma organização comum mas têm o mesmo objectivo - destruir floresta porque beneficiam com este tipo de crime.

Estranhamente, o Estado não faz o que poderia e deveria fazer:

1 - Assumir directamente o combate aéreo aos incêndios o mais rapidamente possível. Comprar os meios, suspendendo, se necessário, outros contratos de aquisição de equipamento militar.

2 - Distribuir as forças militares pela floresta, durante todo o Verão, em acções de vigilância permanente. (Pelo contrário, o que tem acontecido são acções pontuais de vigilância e combate às chamas).

3 - Alterar a moldura penal dos crimes de fogo posto, agravando substancialmente as penas, e investigar e punir efectivamente os infractores

4 - Proibir rigorosamente todas as construções em zona ardida durante os anos previstos na lei.

5 - Incentivar a limpeza de matas, promovendo o valor dos resíduos, mato e lenha, criando centrais térmicas adaptadas ao uso deste tipo de combustível.

6 - E, é claro, continuar a apoiar as corporações de bombeiros por todos os meios.

Com uma noção clara das causas da tragédia e com medidas simples mas eficazes, será possível acreditar que dentro de 20 anos a paisagem portuguesa ainda não será igual à do Norte de África. Se tudo continuar como está, as semelhanças físicas com Marrocos serão inevitáveis a breve prazo.
Texto de autoria de José Gomes Ferreira

domingo, 25 de agosto de 2013

O Bom e o Ótimo

Há um ditado que parece ser disparate lógico: "o ótimo é inimigo do bom".

Em relação à tão propalada expressão “o ótimo é inimigo do bom” e, ao facto, dela ser tão discutida e difundida que, por vezes, uma generalização abusiva leva a que se pratique, sem critério, a transformação semântica da frase, substituindo-a por uma outra, com ressonâncias semelhantes: “o bom é inimigo do ótimo”.

Seja qual for o posicionamento relativo dos elementos significantes da frase, que não cabe aqui desenvolver, ela é frequentemente referida quando procuramos defender a ideia de que não vale a pena sermos muito exigentes relativamente a uma determinada coisa (o ótimo), aceitando a inevitabilidade de nos ficarmos sempre por uma mediania (o bom).

Na vida empresarial, sobretudo nas formas de organização marcadas pelos excessos da industrialização e da burocracia, tem sido aproveitado como bandeira de legitimação de práticas e atitudes daqueles que galharda e convictamente prosseguem o objetivo profissional de serem apenas “suficientemente bons para não serem despedidos”.

Em contextos cada vez mais difíceis, exige-se a todos os profissionais que “consigam fazer mais com menos”, o que só é possível através duma grande entrega e dum grande envolvimento pessoal, sem reservas mentais e barreiras, ou mesmo obstáculos, a uma verdadeira orientação tendo em vista a obtenção da excelência.

Assim, o paradigma mental já não pode ficar-se pelo “ser bom” pois, em condições sociológicas e de mercado só os “muito bons” conseguirão ter condições estimulantes e sustentáveis para viver percursos profissionais.

Nesta perspetiva, o “bom” será, realmente, “inimigo do ótimo”, sobretudo se se constituir como uma forma de auto-engano que nos impede de ver o que pode despontar em cada um de nós.

No entanto, melhor do que fazermos algo de forma “ótima”, é fazermos “o que precisa ser feito”!!!

Trabalho “bem feito” é aquele que serve para alguma coisa! E não aquele que foi feito de forma “ótima”, ou perfeito na sua confeção.

Às vezes empenhamo-nos em fazer algo, e até gostávamos do que estávamos a fazer, mas, a curto prazo, concluímos que isso não deu os resultados esperados...

Quando nos perguntam sobre o porquê, respondemos: "Porque não estava suficientemente bom".

Quase todos nós já passámos pela situação de “atrasar alguma coisa em que estávamos a trabalhar e a investir para procurar atingir o ótimo...”

Não raras vezes nos preocupamos mais com a perfeição, do que com o objetivo.

Ocupemo-nos, pois, mais com o objectivo, isto é, com “o que precisa ser feito”!

Pensemos, pois, duma forma mais ampla e deixemos fluir as ideias. Na maioria das vezes “não é a perfeição que conta – mas sim a eficácia e a utilidade”.

Se algo não for útil, pode ter a perfeição que tiver mas, ainda assim, continuará inútil.

No entanto, com isto, não queremos dizer que não se deve ter atenção (e não preocupação) em melhorar sempre, quer se trate “das nossas ações, do nosso trabalho, dos nossos projetos, das nossas competências...”.

Mas, quem fica focado apenas na busca da perfeição do trabalho, perde um tempo precioso para pensar em soluções!  – “Enquanto se busca o ótimo, deixa de se fazer o que é preciso ser feito…”

Resolver obstáculos (problemas) é uma arte que exige visão abrangente, exige empatia, criatividade, proatividade, e outras competências amplas.

Deixemos de exigir de nós próprios a perfeição! Procuremos ser úteis! Direcionemos as nossas ações para “o que precisa ser feito”!

“Certamente, todos se lembrarão de si pela quantidade de coisas úteis que criar! Faça o que precisa ser feito... Faça algo realmente útil!”
Vasco Lopes da Gama

domingo, 4 de agosto de 2013

Monólogo das Mãos - Bibi Ferreira

Aos 91 anos, a atriz, cantora e diretora Bibi Ferreira, declama o 'Monólogo das Mãos' no Programa Jô Soares.
Um SHOW a não perder. Maravilhoso.
Vejam que maravilha de talento, memória e lucidez!!!


quarta-feira, 26 de junho de 2013

ORAÇÃO DO IDOSO

Bem-aventurados aqueles que compreendem os meus passos vacilantes e as minhas mãos trémulas.

Bem-aventurados os que levam em conta que meus ouvidos captam as palavras com dificuldades, por isso procuram falar-me mais alto e pausadamente.

Bem-aventurados os que percebem que meus olhos já estão nublados e as minhas reações são lentas.

Bem-aventurados os que desviam o olhar, simulando não ter visto o café que, por vezes, derramo sobre a mesa.

Bem-aventurados os que sorriem e conversam comigo.

Bem-aventurados os que nunca me dizem: "Você já me contou isso tantas vezes!"

Bem-aventurados os que me ajudam, com carinho, a atravessar a rua.

Bem-aventurados os que me fazem sentir que sou amado e não estou abandonado, tratando-me com respeito.

Bem-aventurados os que compreendem quanto me custa encontrar forças para aguentar minha cruz.

Bem-aventurados os que me amenizam os últimos anos sobre a Terra.

Bem-aventurados todos aqueles que me dedicam afeto e carinho fazendo-me, assim, pensar em Deus.

Quando entrar na Eternidade, lembrar-me-ei deles, junto ao Senhor!

Amém!
(autor desconhecido)

domingo, 28 de abril de 2013

Música - A Linguagem Universal da Humanidade

O Homem, ao tentar construir a torre de Babel, teve como castigo a confusão de idiomas, de tal forma, que ninguém entendia ninguém, tudo ficando assim mais difícil.

No entanto, Deus,  na  Sua  infinita  bondade,  deu ao  Homem  uma oportunidade única,  ao deixar-lhe uma linguagem universal ─ a música.

A música, que cada um de nós ouvimos, toca-nos o coração. Não importa que tipo seja. Numa ou noutra situação poderemos até assustar-nos com determinado tipo de música, mas, aos poucos, começamos a compreendê-la.

Não há praticamente nenhuma cultura onde a música não esteja presente funcionando até, na maioria das vezes, como fator determinante no desenvolvimento linguístico e afectivo dos indivíduos.

Desde o nascimento, a criança tem necessidade de desenvolver o sentido do ritmo, pois em todo o universo que nos rodeia, há um sem número de ritmos que se evidenciam a cada passo e a cada momento.

A música é, assim, uma linguagem universal que vai estimular outras áreas do nosso desenvolvimento, sendo fundamental para o bom funcionamento de toda a sociedade.

Desde os tempos mais remotos, sempre que uma nova sociedade nascia, com ela surgia também um novo estilo de música.

A música é, de facto, uma linguagem comum a todas as pessoas, podendo facilmente transmitir emoções, ou sentimentos, a nível universal. A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos... A música é, sem dúvida, uma linguagem universal que está presente nas mais diversas situações da vida humana, tanto a nível individual, como coletivo.

A linguagem musical é igualmente um excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoestima e do autoconhecimento, para além de ser um poderoso meio de integração social, sendo possível, através dela, passar mensagens de união fraterna entre os seres humanos, independente da língua e cultura de cada povo.

A música é algo que está sempre associada à cultura e às tradições de um povo e da sua época.

Por muitos, a música é vista como a primeira das artes, tanto no que diz respeito à história humana como na sua importância na vida de cada um de nós. Nas civilizações primitivas, os sons tinham um significado, o qual também estava presente nos seus instrumentos primitivos. Mas, já para nós, a música é reconfortante e, não raras vezes, presta um valioso auxílio ao nosso equilíbrio emocional.
Vasco Lopes da Gama