terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Idoso!!!

Eu nunca trocaria os meus amigos surpreendentes, a minha vida maravilhosa, a minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa.  Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítico de mim mesmo.  Eu tornei-me o meu próprio amigo...  Eu não me censuro por comer um cozido à portuguesa ou uns biscoitos extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo supérfluo que não precisava.  Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante? e livre.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai censurar-me se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até ao meio-dia?  Eu Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 e 70, e se eu, ao mesmo tempo,  desejo  chorar por um amor perdido ...  Eu vou.

Vou andar na praia com um calção excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.

Eles, também, vão envelhecer.

Eu sei que às vezes me esqueço de algumas coisas. Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos o meu coração foi quebrado.  Como não pode quebrar o seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro?  Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão.  Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude  gravados para sempre em sulcos profundos no meu rosto.

Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos ficarem prata.

Conforme envelhecemos, é mais fácil sermos positivos.  Preocupamo-nos menos com o que os outros pensam.  Eu não me questiono mais.

Eu ganhei o direito de estar errado. Assim, eu gosto de ser idoso. A idade libertou-me.  

Gosto da pessoa em que me tornei.  Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou preocupar-me com o que serei.  E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer)!


Texto retirado da Internet  
(É pena não saber o autor. Creio que somos todos nós retocando-o aqui e ali)

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