Mas a maioria das pessoas está demasiado ocupada para se poder dar ao luxo de ver o tempo passar e, quando tem uma oportunidade de não fazer nada, não a sabe aproveitar! Pensa no trabalho, nos afazeres domésticos, na discussão que teve ontem com o colega de trabalho, no presente que tem de comprar para oferecer à esposa, ou nisto, ou naquilo.
Desta maneira, raramente é possível saborear o simples acto de não fazer nada que, para muitos, é ainda contra-produtivo. Fazer nada pode ser altamente stressante, porque estamos habituados ao corre-corre diário.
Não fazer nada pode parecer que é uma perca de tempo, mas também pode ser uma arte. Uma arte que devemos aprender a dominar e que pode contribuir para melhorar a nossa vida, ajudando a dissipar o stress e, por incrível que nos pareça, pode até proporcionar um aumento dos nossos níveis de produtividade.
Quando começámos a aula da “Oficina de Jornalismo”, na Universidade Sénior de Odivelas, no dia 9 de Junho p.p., fomos confrontados com a sugestão de escrever uma crónica sobre qualquer tema.
Ao ouvir isto, disse cá para os meus botões, ora quem havia de dizer que tinha de escrever uma crónica, e num dia em que acordei mal disposto, rabugento, não me apetecendo fazer rigorosamente nada!
Mas a vida é feita destas coisas. Não raras vezes nos deparamos com situações inesperadas, com as quais nos confrontamos e que temos de solucionar e resolver.
Foi isto mesmo que me sucedeu. Embora sem jeito, aqui alinhavei umas linhas sobre o meu desconforto, apresentando as minhas desculpas por estas palavras e esta minha franqueza, ao elaborar esta crónica.
Vasco Lopes da Gama
Boa, Boa, Vaco ! Gostei de ler os teus desabafos. É verdade, com o sair de casa ,frequentar lugares e encontrar amigos dá nestas coisas. Agora tb temos de escrever crónicas...
ResponderEliminarSaber não fazer nada é tanto ou mais difícil que saber fazer qualquer coisa! Quem diria? O corpo não se pode contrariar... O novo ano lectivo está a chegar e a preguiça vamos ter de espantar.
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