Qual é o seu sonho de consumo? As respostas são
muitas e variadas. O automóvel e a casa própria, são as respostas mais tradicionais
no imaginário das pessoas, dividindo o espaço com as viagens para o
estrangeiro, ou as novidades tecnológicas, como sejam: os computadores
portáteis, os telemóveis, os televisores, os MP3, os iPod e os iPad, etc.
Alguns destes sonhos de consumo podem ser justificados por
uma necessidade premente, como a dificuldade motivada pelo facto de depender
apenas do transporte público, ou para fugir das despesas de aluguer duma casa. Mas
outros sonhos são fruto dum desejo que visa pura e simplesmente aumentar o ego
e a satisfação pessoal de quem os recebe.
Na maior parte das situações, ao falarmos nos sonhos, o que sobra
em criatividade, falta, quase sempre, em recursos financeiros para torná-los
realidade. Por isso, torna-se importante e absolutamente necessário que, cada
um de nós, verifique se aquilo que quer, ou com que sonha, é compatível com a sua
realidade e se o sacrifício exigido para a sua obtenção vale verdadeiramente a
pena, pois o "consumo por impulso" é um dos grandes problemas da
nossa sociedade e do seu endividamento.
Atualmente, um dos problemas que impedem muitas pessoas de melhorar a sua vida é que elas preferem ver os outros pelo que têm, em vez de
procurarem ver o que os outros fizeram para conseguir aquilo que possuem, ou até
mesmo ver o que eles próprios poderiam fazer para também o vir a alcançar.
O caminho mais curto para realizar o sonho de consumo, seja
ele qual for, passa por organizar a vida financeira. E uma das formas para
chegar a esse desiderato será a aplicação do chamado método "DISOP",
que assenta nos seguintes quatro pilares: diagnosticar, sonhar, orçamentar e
poupar.
No
entanto, a atitude mais correta é, antes de fazer as outras despesas, calcular
o preço do sonho e deduzir o valor do salário. Assim, para que o nosso sonho seja
viável, é preciso que ele seja compatível com a nossa efetiva realidade.
Vasco Lopes da Gama
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