No dia 27 de Novembro de 2009, o Conselho de Ministros da U.E., declarou oficialmente 2011, Ano Europeu das Actividades Voluntárias que Promovam uma Cidadania Activa.
Este Ano Europeu tem por objectivo geral incentivar e apoiar os esforços desenvolvidos pela Comunidade, pelos Estados-Membros e pelas autoridades locais e regionais, tendo em vista criar condições na sociedade civil propícias ao voluntariado na U.E. e aumentar a visibilidade das actividades de voluntariado na U.E..
O Ano Europeu de Voluntariado começou oficialmente no mês de dezembro p.p., mas cada país europeu marcou o seu ritmo. Em Portugal, o ano começou, oficialmente, em Lisboa, no dia 3 de fevereiro, com uma feira de voluntariado – «A volta do voluntariado».
É interessante o facto de o Ano Europeu do Voluntariado suceder ao ano de combate à pobreza e exclusão social.
Quando assumirmos o compromisso de sermos voluntários, para além de solidários, estaremos também no bom caminho para resolver grande parte dos problemas sociais, sobretudo dos que se prendem com a exclusão social.
Segundo dados de 2001, revelados pelo Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, entre ativos e “esporádicos”, Portugal tinha cerca de um milhão e meio de voluntários distribuídos por várias áreas.
É da palavra vontade, com origem no latim "voluntas", que deriva a palavra voluntariado.
Mas o que é ser voluntário?
O conceito difundido pela Organização das Nações Unidas (ONU): "voluntário é o jovem ou o adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social ou outros campos."
Voluntário é aquele que age sem que seja induzido a tal, mas pela própria vontade, por motivação intrínseca.
Por outras palavras, ser voluntário é ser útil, deliberadamente, sem esperar recompensas nem compensações. Ser voluntário é, por vezes, uma bênção do céu para quem beneficia.
Nalguns países o voluntariado é uma prática corrente, um princípio, como que uma obrigação individual e livremente assumida. É uma espécie de afirmação de cidadania plena e responsável. Perante a grave crise social em que estamos mergulhados, não podemos continuar a ser um país de cidadãos complexados, onde ninguém quer ser "criado" de ninguém e onde quase ninguém está para se incomodar com quem não conhece (a não ser que se apareça na televisão e nos mais diversos meios de comunicação). Jovens, adultos, reformados ou desempregados, poucos são aqueles que assumem o voluntariado como uma prática privilegiada de realização pessoal e social.
Do ponto de vista pessoal, ser voluntário é descobrir que não vivemos sozinhos neste mundo e que as pessoas (nós e eles) têm vida própria e suas próprias vontades e necessidades. Ser voluntário é sentir a vontade de ajudar os outros, principalmente os mais necessitados. É ver que, mesmo tendo pouco, sempre temos alguma coisa que podemos dar.
Do ponto de vista da comunidade, ser voluntário é ser humilde, ser abnegado, não ser egocêntrico e ter uma grande vontade e disposição para ajudar o próximo. É ser carismático, um ser especial que atua para ajudar a melhorar a qualidade de vida da comunidade. É ser um agente de transformações que, mesmo fazendo um trabalho de formiguinha (que não aparece), acredita e consegue fazer com que o outro suba na vida, saia do "buraco" em que vive e tenha uma vida honrada de cidadão pleno.
Ser voluntário é ter a capacidade de prestar um serviço profissional e não esperar pelo seu pagamento (em dinheiro). É ficar feliz com a felicidade dos outros e saber que ajudou um pouco para que isso acontecesse. É ser solidário e compreender o valor da solidariedade humana. Não é tapar buracos e compensar carências. É contribuir, de modo contínuo e duradouro, para ajudar quem necessita e melhorar a qualidade de vida da comunidade. Uma oportunidade de fazer amigos, viver novas experiências, conhecer novas realidades. É ensinamento e aprendizagem.
Ser voluntário é gratificante e fácil, basta ter comprometimento e vontade.
Vasco Lopes da Gama
Boa tarde colega,
ResponderEliminarGostei muito do que escreveu sobre o voluntariado.Sei do que fala!Já o pratiquei durante alguns anos no Hospital de Santa Maria.
Garanto que é uma experiência unica.
Aprendi muito,recebi muito,de pessoas que não tinham nada para dar,apenas o seu olhar,o seu sofrimento e os seus medos.É aí que está o valor da troca e da aprendizagem.
Tenho a certeza que recebi mais do que dei.
Fiquei bem mais rica e até mais sensivel.
Falar de voluntariado é para mim um tema apaixonante.
Obrigado colega por o ter trazido ao seu blog.
um bejinho
aline
Olá Aline!
ResponderEliminarObrigado pelo seu comentário.
Ao escrever este artigo fi-lo na esperança de que ele possa servir para sensibilizar todos os leitores para o relevante papel que o voluntariado representa na sociedade actual. Oxalá o consiga!
Um abraço de muita amizade,
Vasco da Gama
E conheces uma espécie nova de voluntariado da AMI? Chama-se Aventura Solidária. Publicitam como0 voluntariado, mas.... Por 9 dias de voluntariado por ex nestas férias da Páscoa no Senegal, tu Ofereces 500 euros para a AMI e pagas 1,400 de estadia. ! Inclui tb passagem de avião? Que dizes a este voluntariado ? Eu fiquei um pouco estupefacta!
ResponderEliminarOlá Fátima!
ResponderEliminarRealmente essa espécie de voluntariado não conhecia. Mas nesta vida há de tudo!....
Um abraço de muita amizade,
Vasco da Gama