A grande maioria de nós acha que sabe todas as suas contas de cabeça, puro engano. Sempre achamos que as temos de memória, mas não, muitas vezes enganamo-nos. Não nos queremos sentar, uma hora que seja, para que, de frente com a nossa realidade, podermos elaborar o nosso orçamento.
Um orçamento, em contabilidade e finanças, é a expressão das receitas e despesas relativamente a um período de execução determinado, geralmente anual, mas que também pode ser mensal, trimestral, plurianual, etc.
Para muitas pessoas o orçamento familiar é apenas anotar o que se tem para pagar no próximo mês.
O orçamento ajuda-nos a entender quais são os nossos hábitos de consumo. Definir quais são as nossas necessidades e planear todos os nossos gastos, considerando sempre o rendimento disponível, podendo ser até uma forma de começar a economizar.
A elaboração do orçamento familiar não é uma tarefa fácil, porém, é necessária para quem tem planos para o seu futuro e o da sua família.
O primeiro grande erro das famílias portuguesas, na hora de gerir o seu orçamento, é não organizar um.
Estabelecer objetivos comuns e conversar francamente sobre as finanças com a família é o caminho para que cada membro do agregado familiar se sinta comprometido com ele, contribuindo com a sua parte, ao mesmo tempo que será uma forma de garantir a estabilidade das finanças no presente, visando prevenir o futuro.
Para uma boa gestão das finanças da família também é essencial identificar as despesas desnecessárias e reduzi-las, ou mesmo eliminá-las. "De que preciso realmente? Onde posso cortar?" são perguntas que devem ser colocadas.
O primeiro passo do orçamento é identificar para onde está a ir o nosso dinheiro.
Comecemos por listar todas as nossas despesas fixas, tais como: luz, gás, água, telefone, aluguer/prestação do empréstimo da compra da casa, condomínio, transportes, prestação do automóvel, seguros, educação, alimentação, etc.
Em seguida devemos acrescentar à lista as eventuais despesas com remédios, consertos em geral, cabeleireiro/barbeiro/instituto de beleza, oficina automóvel, lazer e férias para a família, etc. Para estas despesas, devemos reservar uma parte de nosso vencimento pois, esses gastos, muitas vezes até inesperados, não são raros.
Por vezes, pequenas despesas que parecem insignificantes no final do mês, ou mesmo no fim do ano, podem representar uma quantia considerável do orçamento.
Para garantir tranquilidade durante todo o ano, o ideal é fazer um controle rígido do orçamento familiar. Com os gastos controlados, fica mais fácil poupar dinheiro. Somadas pequenas economias, podem transformar-se num valor considerável de dinheiro, no fim do ano. Além disso, é preciso pensar várias vezes antes de decidirmos comprar. O desejo de compra dum determinado bem, pode tratar-se de uma vontade passageira, chegando-se depois à conclusão que o seu gasto poderia ter sido evitado. Quando a compra for inevitável, a palavra é regatear o preço - o que se torna mais fácil quando o pagamento é feito a pronto. Se tivermos de recorrer ao pagamento em prestações, devemos comparar cuidadosamente as taxas de juro cobradas.
Um bom conselho é não relacionar as compras somente ao dinheiro e disponibilidades financeiras daquele mês. É sempre preciso ter em mente que poderão surgir gastos extras nos meses seguintes e, portanto, devemos ter sempre uma reserva disponível.
Na verdade, a elaboração do orçamento é única forma de controlar as nossas despesas e saber exactamente para onde está a ir o nosso dinheiro.
Após elaboração deste exercício poderemos constatar por quanto tempo as despesas terão de ser orçamentadas e podermos perspectivar, caso estejamos endividados, quando poderemos dar início a um novo ciclo na nossa vida.
Mas hoje em dia poupar é coisa rara, impossível, ou pelo menos não tanto quanto gostaríamos!!!
Vasco Lopes da Gama
Lá diz o povo: no poupar é que vai o ganho! pois é, mas agora temos uma entidade que se chama "Estado" que nos ajuda a poupar, ou antes "guarda-nos" mensalmente uma boa % do nosso rendimento... a nós pobres consumidores resta-nos gerir o que nos resta e se conseguir-mos fazer concorrencia ao nosso fiel depositário "Estado" é uma maneira de fazer concorrência leal aos que ainda conseguem fazer contas de sumir! Estou a brincar, poupar é preciso!
ResponderEliminarOLá amigo Vasco,
ResponderEliminarO seu artigo está excelente.
Uma discrição correcta da vida actual.
Era bom que estas pessoas mais jovens o lessem para aprenderem a gerir as suas contas e controlarem as dividas.Também acho que os Bancos são um pouco culpados com a publicidade atractiva,mas enganosa.
Vamos ver se tudo muda.
Obrigada
aline rocha
Boa Vasco manda uma cópia para os Senhores que nos (des)governam.
ResponderEliminarOlá colega!
ResponderEliminarQue bom vê-lo por aqui e que importante é comunicar!
Aprendemos sempre com os colegas e amigos.
Gostei do seu artigo.
Nos dias de hoje,temos mesmo que aprender a poupar!
""Grão a grão enche a galinha o papo""
beijinho
m.g.