sexta-feira, 2 de setembro de 2016

FALAR POR FALAR!

Há um provérbio que diz “a falar é que a gente se entende”. E, de facto, há nesta frase muito de verdadeiro.
No entanto, atualmente fica-se com a ideia de que, muitas vezes, não se sabe falar porque já não se sabe ouvir (e/ou ouvir-se).
Quando quisermos falar durante dez minutos para uma plateia num auditório/painel/conferência precisamos, dum modo geral, de alguns dias de preparação, para meditar, escrever e anotar o conteúdo da nossa exposição e ajustá-la ao tipo de audiência para quem iremos falar.
Assim, ao passarmos à escrita a nossa exposição, conseguimos reunir dois aspetos interessantes e não menos importantes: o falar sozinho e o falar para os outros (os recetores).
O falar é, sem dúvida, um efeito natural. No entanto, não raramente nos arrependemos de falar pouco e, com muita frequência, de falar demais.
Por isso, antes de falar, devemos fazer uma pausa para pensar e medir bem as palavras que vamos dizer e para quem e como as vamos proferir.
Certamente já muitas vezes todos tivemos vontade de dizer umas quantas verdades. Mas, ao lembrarmo-nos que as nossas palavras poderiam magoar e ferir mais do que uma dor carnal, não o fizemos. Afinal, a dor do coração é a arma e o escudo do homem.
Sem dúvida que as palavras têm muita força e também ao longo da vida fomos aprendendo que o tempo cura, que a mágoa passa, que a deceção não mata, que o hoje é reflexo do ontem e que os verdadeiros amigos permanecem e que os falsos se vão embora.
Compreendemos ainda que, para além da força das palavras, o olhar não mente e que viver é aprender com os erros. Na “escola da vida” também aprendemos que tudo depende da vontade e que o melhor é sermos nós mesmos e que o segredo da vida, é viver!
Nesta pequena crónica e reflexão em que estamos a “falar por falar” deixo-vos aqui a mensagem de que “nunca nos devemos esquecer que hoje pode ser o melhor dia das nossas vidas e que talvez só descubramos isto amanhã! ─ Teremos então perdido a oportunidade de aproveitar o melhor dia da nossa vida!”.
Por fim e ainda neste “falar por falar” devemos dizer que estamos gratos pelas dificuldades que passámos na vida. Elas foram nossas grandes adversárias mas foi, graças a elas, que as nossas vitórias se tornaram muito mais saborosas!
Vasco Lopes da Gama

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