A Associação Sénior de Odivelas (ASO)
promoveu, nos dias 17 e 18 de maio, o Passeio "Encanto do Minho" a
Viana do Castelo e à Quinta de Satoinho, com passagem pelo Porto, visita às
caves do vinho do Porto “Caves Ferreira” (em Gaia) e por Braga, com a participação de 104 associados.
Este Passeio, mais do
que proporcionar visitas a locais emblemáticos de Portugal teve em vista procurar
proporcionar a todos os seus participantes, um fim de semana, em ambiente de confraternização
e de convívio no seio da "Família da ASO", numa jornada para descontrair
e cimentar a nossa amizade.
A primeira etapa do
nosso passeio levou-nos de Odivelas até ao Porto. Chegados à "Invicta"
dirigimo-nos de imediato para a zona da Ribeira, onde iriamos almoçar. O
Restaurante "Chez Lapin" já estava à nossa espera. Numa sala
reservada para o nosso grupo começou de imediato a ser servido o nosso almoço.
Terminado o almoço dirigimo-nos,
num pequeno percurso a pé, até ao Palácio da Bolsa,
ou Palácio da Associação Comercial do Porto, onde tínhamos
agendada uma visita guiada.
Com uma mistura de
estilos arquitetónicos o edifício apresenta em todo o seu esplendor, traços do neoclássico oitocentista, arquitetura
toscana, assim como o neopaladiano inglês. O Salão
Árabe detém o maior destaque
de todas as salas do palácio devido, como o nome indica, a estuques do século XIX legendados a ouro com
carateres arábicos que preenchem as paredes e o teto da sala. É neste salão que
têm lugar as homenagens a chefes de estado que visitam a cidade. Na Sala dos Retratos encontra-se uma famosa mesa do
entalhador Zeferino José Pinto, que levou três anos a
ser construída, revelando-se um "exemplar altamente qualificado em todas
as exposições internacionais a que concorreu". O Palácio da Bolsa, sede da Associação Comercial do Porto,
serve presentemente para os mais diversos eventos culturais, sociais e
políticos da cidade do Porto.
Após a visita do
Palácio da Bolsa seguimos viagem até às Caves Ferreira, em Gaia, onde tivemos
uma visita guiada a estas prestigiadas caves de Vinho do Porto, com degustação
no final da visita. Durante a visita foi-nos explicado todo o processo de
fabrico e armazenamento de um dos mais famosos vinhos do mundo, para além da
revelação de alguns "segredos" da mais antiga região demarcada de
vinho a nível mundial.
De seguida
prosseguimos a nossa viagem pela A28 em direcção a Viana do Castelo, cidade
também conhecida como "Princesa do Minho", tendo-nos dirigido de
imediato para o Hotel "Flôr de Sal". A distribuição dos quartos
processou-se com relativa rapidez, dando tempo a que se pudesse descansar um
pouco e que tivessemos oportunidade de apreciar o jardim do hotel e a vista do mar.
Cerca das 19H45, partimos
para a Quinta do Santoinho. A Quinta do Santoinho tem-se tornado num local de
atração e referência turística do Minho. Santoinho é também hoje um importante
meio de divulgação da cultura minhota, através da exposição permanente de uma
variada coleção de alfaias e utensílios do campo, de lagares, pias e figuras em
granito, de espigueiros originários de todos os concelhos do distrito de Viana
do Castelo, uma adega regional e ainda de antigas viaturas de transporte, tais como:
autocarros, automóveis, uma locomotiva
do século XIX, carruagens de 1ª e de 2.ª classe do Caminho de Ferro, um coche
do século XVII, carros de bois e de cavalos.
Nesta passagem por "Santoinho" foi possível revivermos
um pouco a cultura tradicional da vida do campo, com as músicas e danças
folclóricas, na companhia dos petiscos à base de sardinhas e frango assado,
fêveras grelhadas na brasa e broa, regados pelo vinho verde da região e o
conhecido champorreão, culminando com um aconchegante caldo verde.
A decoração do local está
pensada ao pormenor, onde as peças fazem salientar a festa popular. Além das
bandeirolas coloridas que circundam os palcos privilegiados do arraial, estão
dispostas pelas paredes várias exposições de peças, utensílios e ferramentas
que contam, por si só, toda a história do mundo rural minhoto.
A noite estava
agradável e, apesar dum dia inteiro de viagem, ainda tínhamos genica para
dançar umas “modas”, cantarmos, fazermos uns "comboios" e
participarmos no arraial. Mas, quase sem darmos por isso, o tempo ia passando e
as vinte e três horas chegaram rapidamente. Estávamos na altura de termos de dizer adeus àquele espaço e de
procurarmos, como que num piscar de olhos, registar e guardar todos os bons
momentos que ali vivemos. O regresso a Viana do Castelo foi rápido e em poucos
minutos estávamos a chegar ao hotel e aos
nossos quartos para um merecido descanso, depois dum longo dia de viagem e de
emoções.
O domingo amanheceu
bonito. O céu limpo e o sol indiciavam um dia agradável para a continuação do
nosso passeio por terras minhotas.
Após
o pequeno almoço partimos para o Monte de
Santa Luzia. É um verdadeiro ex-libris de Viana do Castelo e considerado um
dos mais belos miradouros do Mundo, possibilitando uma vista única sobre o
estuário do Lima, a cidade e o mar. A basílica, dedicada ao Sagrado Coração
de Jesus, é uma obra de inícios do século XX, uma réplica do "Sacré
Coeur" de Paris e um importante local de culto. Próximo deste local
situa-se a Citânia, classificada monumento nacional e um dos mais importantes
castros do Noroeste Peninsular.
Depois de se
terem tirado umas fotografias, para mais tarde recordar a passagem pelo Monte
de Santa Luzia, voltámos a Viana do Castelo e, durante o resto da manhã, pudemos
passear a pé pela cidade e apreciar o seu centro histórico, a arquitetura dos
seus edifícios e as suas belas ruas.
Depois
regressámos ao Hotel "Flôr de Sal" onde, pelas 13H00, estava
marcado o nosso almoço "tipo buffet".
Terminado o
almoço deixámos Viana do Castelo e iniciámos o percurso de regresso. Como
estava programado seguimos em direcção a Braga, ou
Bracara Augusta, como os romanos a baptizaram, que foi fundada pelos Celtas
em 300 a.C..
Braga é também conhecida como a "Roma Portuguesa"
ou a "Cidade dos Arcebispos", pela sua concentração de arquitetura
religiosa e por ter dois arcebispos. Braga é provavelmente o maior centro
religioso do país, conhecida pelas suas igrejas barrocas, pelas esplêndidas
casas do século XVIII e pelos elaborados jardins e parques.
Braga é uma cidade com 150 mil habitantes e é, cada vez
mais, uma cidade agradável e voltada para o futuro.
Como é evidente Braga tem muito para ser visto e
devidamente apreciado pelo visitante e que não pudemos ver no curto espaço de
tempo de que dispusemos. No entanto, alguns de nós procurámos dar um passeio
pela cidade aproveitando para visitar a Sé Catedral, a mais antiga de
Portugal, construída por D. Henrique e D. Teresa, tendo-se também passado
pelo Largo do Paço, no passado Palácio dos Arcebispos, onde, atualmente,
está a Reitoria da Universidade do Minho.
Entretanto, o tempo da nossa permanência em Braga estava a
terminar. Com o grupo todo reunido, deixámos a cidade de Braga e partimos em
direcção a Odivelas, tendo havido ainda a necessidade de, no percurso, se efetuar
uma paragem técnica na Área de Serviço de Pombal, aproveitada pela maioria
dos colegas para tomarem uma ligeira refeição.
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Depois desta paragem técnica
iniciámos, cerca das 21H00, a última etapa dum regresso calmo a Odivelas.
A terminar esta nota
de reportagem queremos agradecer a todos os participantes neste passeio os
momentos de franca e sã confraternização que todos pudemos desfrutar, bem como
pela amizade, companheirismo e contagiante jovialidade e alegria, que acompanhou
todo o nosso grupo durante este passeio.
As últimas palavras
são para a nossa Presidente, expressando-lhe aqui um
sincero agradecimento pela forma como, desde a primeira hora, apoiou a
iniciativa deste Passeio da ASO, tendo feito questão de estar presente e de nos
acompanhar neste fim de semana.
Vasco Lopes da Gama