terça-feira, 27 de maio de 2014

A "FAMÍLIA DA ASO" EM PASSEIO POR TERRAS MINHOTAS

A Associação Sénior de Odivelas (ASO) promoveu, nos dias 17 e 18 de maio, o Passeio "Encanto do Minho" a Viana do Castelo e à Quinta de Satoinho, com passagem pelo Porto, visita às caves do vinho do Porto “Caves Ferreira” (em Gaia) e por Braga,  com a participação de 104 associados.

Este Passeio, mais do que proporcionar visitas a locais emblemáticos de Portugal teve em vista procurar proporcionar a todos os seus participantes, um fim de semana, em ambiente de confraternização e de convívio no seio da "Família da ASO", numa jornada para descontrair e cimentar a nossa amizade.
A primeira etapa do nosso passeio levou-nos de Odivelas até ao Porto. Chegados à "Invicta" dirigimo-nos de imediato para a zona da Ribeira, onde iriamos almoçar. O Restaurante "Chez Lapin" já estava à nossa espera. Numa sala reservada para o nosso grupo começou de imediato a ser servido o nosso almoço.
Terminado o almoço dirigimo-nos, num pequeno percurso a pé, até ao Palácio da Bolsa, ou Palácio da Associação Comercial do Porto, onde tínhamos agendada uma visita guiada.
Com uma mistura de estilos arquitetónicos o edifício apresenta em todo o seu esplendor, traços do neoclássico oitocentista, arquitetura toscana, assim como o neopaladiano inglês. O Salão Árabe detém o maior destaque de todas as salas do palácio devido, como o nome indica, a estuques do século XIX legendados a ouro com carateres arábicos que preenchem as paredes e o teto da sala. É neste salão que têm lugar as homenagens a chefes de estado que visitam a cidade. Na Sala dos Retratos encontra-se uma famosa mesa do entalhador Zeferino José Pinto, que levou três anos a ser construída, revelando-se um "exemplar altamente qualificado em todas as exposições internacionais a que concorreu". O Palácio da Bolsa, sede da Associação Comercial do Porto, serve presentemente para os mais diversos eventos culturais, sociais e políticos da cidade do Porto.
Após a visita do Palácio da Bolsa seguimos viagem até às Caves Ferreira, em Gaia, onde tivemos uma visita guiada a estas prestigiadas caves de Vinho do Porto, com degustação no final da visita. Durante a visita foi-nos explicado todo o processo de fabrico e armazenamento de um dos mais famosos vinhos do mundo, para além da revelação de alguns "segredos" da mais antiga região demarcada de vinho a nível mundial.
De seguida prosseguimos a nossa viagem pela A28 em direcção a Viana do Castelo, cidade também conhecida como "Princesa do Minho", tendo-nos dirigido de imediato para o Hotel "Flôr de Sal". A distribuição dos quartos processou-se com relativa rapidez, dando tempo a que se pudesse descansar um pouco e que tivessemos oportunidade de apreciar o jardim do hotel e a vista do mar.
Cerca das 19H45, partimos para a Quinta do Santoinho. A Quinta do Santoinho tem-se tornado num local de atração e referência turística do Minho. Santoinho é também hoje um importante meio de divulgação da cultura minhota, através da exposição permanente de uma variada coleção de alfaias e utensílios do campo, de lagares, pias e figuras em granito, de espigueiros originários de todos os concelhos do distrito de Viana do Castelo, uma adega regional e ainda de antigas viaturas de transporte, tais como:  autocarros, automóveis, uma locomotiva do século XIX, carruagens de 1ª e de 2.ª classe do Caminho de Ferro, um coche do século XVII, carros de bois e de cavalos.
Nesta passagem por  "Santoinho" foi possível revivermos um pouco a cultura tradicional da vida do campo, com as músicas e danças folclóricas, na companhia dos petiscos à base de sardinhas e frango assado, fêveras grelhadas na brasa e broa, regados pelo vinho verde da região e o conhecido champorreão, culminando com um aconchegante caldo verde.
A decoração do local está pensada ao pormenor, onde as peças fazem salientar a festa popular. Além das bandeirolas coloridas que circundam os palcos privilegiados do arraial, estão dispostas pelas paredes várias exposições de peças, utensílios e ferramentas que contam, por si só, toda a história do mundo rural minhoto.
A noite estava agradável e, apesar dum dia inteiro de viagem, ainda tínhamos genica para dançar umas “modas”, cantarmos, fazermos uns "comboios" e participarmos no arraial. Mas, quase sem darmos por isso, o tempo ia passando e as vinte e três horas chegaram rapidamente. Estávamos na altura de termos de dizer adeus àquele espaço e de procurarmos, como que num piscar de olhos, registar e guardar todos os bons momentos que ali vivemos. O regresso a Viana do Castelo foi rápido e em poucos minutos estávamos a chegar ao hotel e aos nossos quartos para um merecido descanso, depois dum longo dia de viagem e de emoções.
O domingo amanheceu bonito. O céu limpo e o sol indiciavam um dia agradável para a continuação do nosso passeio por terras minhotas.
Após o pequeno almoço partimos para o  Monte de Santa Luzia. É um verdadeiro ex-libris de Viana do Castelo e considerado um dos mais belos miradouros do Mundo, possibilitando uma vista única sobre o estuário do Lima, a cidade e o mar. A basílica, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, é uma obra de inícios do século XX, uma réplica do "Sacré Coeur" de Paris e um importante local de culto. Próximo deste local situa-se a Citânia, classificada monumento nacional e um dos mais importantes castros do Noroeste Peninsular.
Depois de se terem tirado umas fotografias, para mais tarde recordar a passagem pelo Monte de Santa Luzia, voltámos a Viana do Castelo e, durante o resto da manhã, pudemos passear a pé pela cidade e apreciar o seu centro histórico, a arquitetura dos seus edifícios e as suas belas ruas.
Depois regressámos ao Hotel "Flôr de Sal" onde, pelas 13H00, estava marcado o nosso almoço "tipo buffet".
Terminado o almoço deixámos Viana do Castelo e iniciámos o percurso de regresso. Como estava programado seguimos em direcção a Braga, ou Bracara Augusta, como os romanos a baptizaram, que foi fundada pelos Celtas em 300 a.C..
Braga é também conhecida como a "Roma Portuguesa" ou a "Cidade dos Arcebispos", pela sua concentração de arquitetura religiosa e por ter dois arcebispos. Braga é provavelmente o maior centro religioso do país, conhecida pelas suas igrejas barrocas, pelas esplêndidas casas do século XVIII e pelos elaborados jardins e parques.
Braga é uma cidade com 150 mil habitantes e é, cada vez mais, uma cidade agradável e voltada para o futuro.
Como é evidente Braga tem muito para ser visto e devidamente apreciado pelo visitante e que não pudemos ver no curto espaço de tempo de que dispusemos. No entanto, alguns de nós procurámos dar um passeio pela cidade aproveitando para visitar a Sé Catedral, a mais antiga de Portugal, construída por D. Henrique e D. Teresa, tendo-se também passado pelo Largo do Paço, no passado Palácio dos Arcebispos, onde, atualmente, está a Reitoria da Universidade do Minho.
Entretanto, o tempo da nossa permanência em Braga estava a terminar. Com o grupo todo reunido, deixámos a cidade de Braga e partimos em direcção a Odivelas, tendo havido ainda a necessidade de, no percurso, se efetuar uma paragem técnica na Área de Serviço de Pombal, aproveitada pela maioria dos colegas para tomarem uma ligeira refeição.
Depois desta paragem técnica iniciámos, cerca das 21H00, a última etapa dum regresso calmo a Odivelas.
A terminar esta nota de reportagem queremos agradecer a todos os participantes neste passeio os momentos de franca e sã confraternização que todos pudemos desfrutar, bem como pela amizade, companheirismo e contagiante jovialidade e alegria, que acompanhou todo o nosso grupo durante este passeio.
As últimas palavras são para a nossa Presidente, expressando-lhe aqui um sincero agradecimento pela forma como, desde a primeira hora, apoiou a iniciativa deste Passeio da ASO, tendo feito questão de estar presente e de nos acompanhar neste fim de semana.
Vasco Lopes da Gama

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