A reflexão sobre as cidades do
futuro será uma fonte de inspiração para os decisores políticos e para os
profissionais envolvidos no desenvolvimento urbano, aos níveis local, regional,
nacional, europeu e mundial.
As cidades são lugares que geram problemas e
que, ao mesmo tempo, produzem soluções. São terreno fértil para a ciência e
tecnologia, a inovação, a cultura e a criatividade individual e colectiva,
sendo também importantes para atenuar o impacto das alterações climáticas.
As cidades são locais onde se concentram alguns
problemas, tais como: o desemprego, a segregação e a pobreza.
Apesar das cidades desempenharem um importante
papel enquanto motores da economia, como espaços de conectividade, de
criatividade e inovação, exercendo uma função
fundamental no desenvolvimento territorial, atualmente, a Europa, não está em
crescimento económico contínuo e muitas cidades enfrentam a séria ameaça de
estagnação, ou de declínio económico.
A economia, na sua forma atual, não consegue criar emprego para
todos e, paralelamente, as disparidades de rendimentos aumentam e,
particularmente nas cidades, acentua-se um cada vez maior empobrecimento dos
mais pobres e da classe média.
Então, como deverá ser a cidade do amanhã?
As cidades têm de ser concebidas para pessoas, e
não para carros. As cidades
do futuro não podem ser só verdes, embora tenham de ser sustentáveis.
Mas ser sustentável é
mais do que ser ecológico. É preciso que as cidades do futuro sejam pólos
de bem-estar e com visão para progredir.
As cidades já não podem ser apenas definidas com base nos seus
limites administrativos e as políticas urbanas não podem incidir,
exclusivamente, nas áreas administrativas da cidade. Tem de ser salientada a
necessária complementaridade entre as abordagens funcionais, ao nível das
grandes aglomerações e áreas metropolitanas, e as abordagens sociais e
culturais que procuram reforçar a participação dos cidadãos ao nível local. É
preciso ter em conta a realidade territorial e o tecido urbano no interior da
cidade.
As estratégias terão de atender à diversidade das cidades:
trajetórias de desenvolvimento, dimensão, contexto demográfico e social e
recursos culturais e económicos.
Por todo o lado, vão surgindo projetos de
cidades sustentáveis, sejam elas construídas de raiz, ou apenas dotadas de
equipamentos mais amigos do ambiente.
No entanto, no planeamento duma cidade, deverão
ter-se em consideração alguns aspetos, particularmente se existir a
possibilidade dela poder ser construída a partir do “zero”, tais como:
- procurar dar aos
moradores boa qualidade de vida, explorando o menos possível os
recursos naturais;
recursos naturais;
- reduzir os gastos
em energia e água, maximizando a auto-suficiência nestes recursos;
- gerar pouco lixo e
gases poluentes que influenciam o aquecimento global;
- procurar
disponibilizar um sistema eficiente de produção de alimentos com uma mínima
dependência do campo ou de outras cidades;
dependência do campo ou de outras cidades;
- dar prioridade a
deslocações a pé, de bicicleta e de meios de transporte não poluentes.
Seria numa cidade sustentável, respeitando o meio ambiente e
obedecendo aos aspetos atrás mencionados, que gostaríamos de ver sair do papel e
onde adoraríamos viver!
Vasco Lopes da Gama
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