quinta-feira, 7 de junho de 2012

A cidade do futuro

A reflexão sobre as cidades do futuro será uma fonte de inspiração para os decisores políticos e para os profissionais envolvidos no desenvolvimento urbano, aos níveis local, regional, nacional, europeu e mundial.

As cidades são lugares que geram problemas e que, ao mesmo tempo, produzem soluções. São terreno fértil para a ciência e tecnologia, a inovação, a cultura e a criatividade individual e colectiva, sendo também importantes para atenuar o impacto das alterações climáticas.

As cidades são locais onde se concentram alguns problemas, tais como: o desemprego, a segregação e a pobreza.

Apesar das cidades desempenharem um importante papel enquanto motores da economia, como espaços de conectividade, de criatividade e inovação, exercendo uma função fundamental no desenvolvimento territorial, atualmente, a Europa, não está em crescimento económico contínuo e muitas cidades enfrentam a séria ameaça de estagnação, ou de declínio económico.

A economia, na sua forma atual, não consegue criar emprego para todos e, paralelamente, as disparidades de rendimentos aumentam e, particularmente nas cidades, acentua-se um cada vez maior empobrecimento dos mais pobres e da classe média.

Então, como deverá ser a cidade do amanhã?

As cidades têm de ser concebidas para pessoas, e não para carros. As cidades do futuro não podem ser só verdes, embora tenham de ser sustentáveis.

Mas ser sustentável é mais do que ser ecológico. É preciso que as cidades do futuro sejam pólos de bem-estar e com visão para progredir.

As cidades já não podem ser apenas definidas com base nos seus limites administrativos e as políticas urbanas não podem incidir, exclusivamente, nas áreas administrativas da cidade. Tem de ser salientada a necessária complementaridade entre as abordagens funcionais, ao nível das grandes aglomerações e áreas metropolitanas, e as abordagens sociais e culturais que procuram reforçar a participação dos cidadãos ao nível local. É preciso ter em conta a realidade territorial e o tecido urbano no interior da cidade.

As estratégias terão de atender à diversidade das cidades: trajetórias de desenvolvimento, dimensão, contexto demográfico e social e recursos culturais e económicos.

Por todo o lado, vão surgindo projetos de cidades sustentáveis, sejam elas construídas de raiz, ou apenas dotadas de equipamentos mais amigos do ambiente.

No entanto, no planeamento duma cidade, deverão ter-se em consideração alguns aspetos, particularmente se existir a possibilidade dela poder ser construída a partir do “zero”, tais como:

        - procurar dar aos moradores boa qualidade de vida, explorando o menos possível os
          recursos naturais;

        - reduzir os gastos em energia e água, maximizando a auto-suficiência nestes recursos;

        - gerar pouco lixo e gases poluentes que influenciam o aquecimento global;

        - procurar disponibilizar um sistema eficiente de produção de alimentos com uma mínima
          dependência do campo ou de outras cidades;

        - dar prioridade a deslocações a pé, de bicicleta e de meios de transporte não poluentes.

Seria numa cidade sustentável, respeitando o meio ambiente e obedecendo aos aspetos atrás mencionados, que gostaríamos de ver sair do papel e onde adoraríamos viver!  

Vasco Lopes da Gama

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